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Diversidade em Pauta: Retroceder jamais! DEI x MEI

18 de fevereiro de 2025

Fui a uma palestra sobre Diversidade, Equidade e Inclusão há uns três anos atrás, em Campinas. Foi um dia incrível, com palestras edificantes e muito motivadoras!

Havia fora, um painel para se tirar fotos "instagramáveis", dessas para pôr no Linkedin e fazer a propaganda do evento...

Um grupo de mulheres negras estava se preparando para o "clique" delas, e foram gentilmente fotografadas por uma moça que ali estava de pé assistindo. A moça bateu várias fotos incríveis e pedi que tirasse a minha foto também!

Me dirigi ao painel, porque havia uma fila se formando para tirar as fotos e as mulheres que já tinham sido fotografadas continuavam paradas, admirando as fotos que a menina tinha tirado delas.

Pedi "com licença" para poder usar o painel e tirar também a minha foto e toquei no braço de uma delas quando fiz esse pedido.

Assim que terminei minha foto e agradeci a menina, duas das mulheres vieram rispidamente me dizer que eu tinha empurrado a amiga delas e que isso era racismo e que eu deveria pedir desculpas.

Fiquei tão desnorteada com o esporro que eu levei porque eu tinha certeza de que não havia empurrado ninguém, mas expliquei que havia tocado no braço de uma delas para que elas notassem que eu estava ali esperando também para tirar a minha foto.

Passado o susto inicial da abordagem ríspida, tentei ficar calma e expliquei que, de forma alguma, tinha sido minha intenção em ser grosseira e que estava disposta a pedir desculpas sim à amiga delas e pedi que me levassem a tal mulher ofendida. Mas, para minha surpresa, elas apenas repetiram que eu tivesse mais respeito no trato com as pessoas e que não empurrasse mais ninguém assim. Viraram de costas e fique ali muito sem graça com o que tinha ocorrido. Ainda fiquei olhando para tentar saber qual das amigas tinha se sentido ofendida e pensei em ir até lá pedir desculpas, mas tive muito receio.

Muito triste, decidi então me despedir de dois amigos que estavam no evento e fui para o estacionamento. Voltei chorando até São Paulo. Chorei, porque nunca foi minha intenção ofender alguém e, segundo, porque eu havia sido acusada de ter cometido racismo! Logo eu, que sou uma defensora do antirracismo!

Enfim, eu estava ali, naquele evento, levantando as mesmas bandeiras que muitos estavam levantando: contra o racismo, contra o capacitismo, contra a misoginia, o sexismo, contra a cis-heteronormatividade. Estava legitimamente, ouvindo às palestras, pensando em como somos seres humanos ainda precisando de muita evolução.

Fiquei magoada porque apesar da minha explicação, me julgaram como racista e mesmo me explicando, não fui ouvida.

Meu dia virou do avesso e saí de lá super triste por ter passado por isso.

Mas, por que escrevo sobre esse fato que aconteceu comigo?

Porque reações precipitadas e conclusivas como esta que aconteceu comigo, podem afastar pessoas boas que sejam apoiadores e estejam no "mesmo lado" nas lutas!

O extremismo em tudo, está tirando das pessoas o poder do raciocínio, do discernimento e da boa conversa. O mundo parece ser uma dicotomia! Ninguém mais pode falar de política, de futebol e nem de religião, tamanha a intolerância em ouvir o outro.

Temas de Diversidade e Inclusão que, na minha visão, continuam sendo um caminho sem volta às empresas (e no mundo), e que, quando aplicados da forma correta, geram benefícios para elas, estão sendo reavaliados em muitas empresas por conta da pressão política ou pressão do seu público-alvo.

O termo woke, que indica um “despertar” para questões como o racismo estrutural, foi criado pelos movimentos progressistas. Mas, de um tempo para cá, woke tem sido um adjetivo pejorativo usado como arma, com reflexos no mundo corporativo.

A cultura woke, que começou com a intenção de promover a conscientização sobre injustiças sociais e combater o racismo, a desigualdade de gênero e outras formas de discriminação, evoluiu para algo que, para muitos, passou a gerar mais polarização do que soluções.

Resgatado pelo movimento Black Lives Matter na última década, o termo ganhou a amplitude de outras discriminações e desigualdades que estão em pauta.

Mas, a insistência em transformar todas as questões em batalhas culturais cria divisões desnecessárias na sociedade, afastando o foco das verdadeiras soluções para os problemas que, originalmente, inspiraram o movimento.

Temos que "voltar à prancheta" e acertar arestas, repensar os erros do movimento e melhorarmos a comunicação, mas não cancelar de vez as ações de Diversidade e Inclusão.

Assim como não existe racismo reverso, porque racismo é algo histórico e estrutural e somente este é considerado racismo, também deve-se levar em conta que um indivíduo, apesar de fazer parte de um grupo de identidade (seja por raça, gênero, identidade, deficiência, entre outros), ele tem sua própria autonomia! É importante que os defensores da Justiça Social entendam que, nem tudo se baseia em "opressor" e "oprimido". Não podemos tratar tudo como uma dicotomia! Nem toda pessoa branca, de classe social mais alta, hétero e sem deficiência é um opressor, é um fato!

Existe gente ruim branca, preta, pobre, rica, mulher ou homem, sem ou com deficiência, cis ou trans! Infelizmente, tem gente ruim em todos os grupos e todos têm o livre arbítrio.

Há que ter cuidado com opiniões rasas, sem fundamento ou estudo. Repetir teorias sem nem entender seus conceitos ou fundamentos e se denominar apenas como "oposição", pode enfraquecer a abordagem DEI. E isso acontece em todos os grupos, favoráveis ou não ao DEI: de direita, esquerda, brancos, pretos, pobres, ricos, homens ou mulheres.

É fato que ainda existe muito racismo, que mulheres são menos remuneradas que os homens, que existem menos mulheres em cargos de liderança, que pessoas com deficiência tem menos oportunidades, que pessoas acima de 50 anos estão com problemas de recolocação no mercado de trabalho, que jovens têm dificuldade de conseguir o primeiro emprego e que pessoas da comunidade LGBTQIAP+ sofrem preconceito. Tudo isso tem dados e não vamos deixar de lutar quando injustiças acontecerem, mas precisamos sair dos extremos e trabalharmos juntos. E aliados são importantes, mesmo não tendo lugar de fala.

Há um movimento saindo de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) e indo para MEI (Mérito, Excelência e Inteligência). O mérito é super válido, desde que, os recrutadores, avaliadores e líderes, consigam fazer suas análises sem qualquer viés inconsciente. Porém, estudos em psicologia social mostram que as pessoas tendem a preferir aqueles que se parecem ou pensam como elas, mesmo sem perceber.

O termo sustentabilidade está totalmente relacionado com a palavra perenidade, com continuidade e com futuro. Na minha opinião, evoluir é sempre bom e ouvir ideias diferentes nos faz raciocinar e sermos mais criativos. Por isso, eu entendo que a união entre as duas propostas pode ser bastante interessante para o negócio.

O mérito apenas como um conjunto de critérios técnicos, sem levar em consideração as diferenças, deixa de aceitar e reconhecer as diferentes formas de excelência que surgem a partir de experiências diversificadas e de contextos diversos.
Da mesma forma, que a diversidade sem excelência técnica corre o risco de ser meramente simbólica e desmotivadora. Portanto, a única forma sustentável de avançar é integrar essas duas abordagens!

DEI complementa MEI ao garantir que um conjunto de talentos mais amplo e diverso seja considerado, permitindo que o mérito seja avaliado de forma mais justa.

Espero que tenham gostado e até o próximo artigo! Abraços grandes!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao

https://www.meioemensagem.com.br/opiniao/a-falacia-da-separacao-entre-merito-e-diversidade

Diversidade em Pauta: Pessimista, Otimista ou Realista?

04 de fevereiro de 2025

"O pessimista queixa-se do vento, o otimista espera que o vento mude e o realista ajusta as velas."

Você vê o copo meio cheio, meio vazio ou enxerga apenas que há líquido até a metade do copo?

Isso diz muito sobre a sua personalidade e até mesmo sobre como você encara sua vida!

Mas antes de falar mais sobre pessimismo, otimismo e realismo, vamos voltar ao termo "existencialismo", descrito por diversos filósofos, como Jean-Paul Sartre (existencialismo ateísta), Friedrich Nietzsche, Søren Kierkegaard (existencialismo cristão), Martin Heidegger e Simone de Beauvoir.

Existencialismo é uma corrente filosófica que enfatiza a liberdade individual, escolha e responsabilidade. Argumenta que os indivíduos criam o significado de suas vidas através de suas ações e decisões, não pela busca de verdades universais. Jean-Paul Sartre, com seu conceito de "existência precede a essência", exemplifica essa visão, defendendo que somos livres para definir quem somos.

A liberdade de escolhas que cada indivíduo possui serve para a construção das essências individuais de cada um. A liberdade de escolha é vista pelos existencialistas como sendo um fenômeno gerador, pois ninguém além do próprio indivíduo é responsável pelo fracasso ou sucesso.

Os existencialistas acreditam que, sem uma natureza predeterminada, os indivíduos são livres para se moldarem e são, portanto, inteiramente responsáveis por suas escolhas e por quem se tornam.

Os filósofos existencialistas entendem a vida e a existência como importantes para o acúmulo gradual de conhecimento. Na visão dos existencialistas, os indivíduos vão construindo seus próprios caminhos e suas concepções de vida no decorrer de suas existências.

"A liberdade de escolha e a responsabilidade pelas próprias ações."

Para Simone de Beauvoir, nós somos responsáveis não apenas por nossas próprias ações, mas também pelas consequências de nossas escolhas, e que essa responsabilidade nos torna completamente livres para moldar nossa própria existência.

Por fim, o existencialismo não tem nada a ver com pessimismo, ele é inerentemente otimista, porque exige que assumamos a responsabilidade, em verdade, assustadora, sobre o livre arbítrio que nos é concedida. O existencialismo afirma que todas as ações são não escritas, dando-nos livre arbítrio puro (às vezes angustiante), o que significa que o destino adverso não é uma opção. A resignação a qualquer coisa, incluindo o pessimismo, não é uma opção. Somos totalmente responsáveis por nós mesmos, por criar significado consistentemente em um mundo que está em constante mudança.

O existencialismo surge como uma reação à filosofia racionalista e à visão do mundo centrada na razão. Para os racionalistas, a razão é o guia supremo para a compreensão do mundo e a tomada de decisões éticas. Eles valorizam a clareza, a distinção entre o verdadeiro e o falso e a busca por princípios universais que governam a realidade.

Então, enquanto os existencialistas enfatizam a subjetividade, a liberdade e o acaso da existência, os racionalistas privilegiam a razão, a objetividade e a busca por leis universais.

O confronto entre o existencialismo e o racionalismo tem importantes implicações para a compreensão da condição humana e das questões fundamentais da existência. Enquanto o existencialismo nos lembra da individualidade e da liberdade do ser humano, o racionalismo nos convida a buscar a verdade através da razão e da análise lógica.

  • O otimismo, segundo o dicionário Oxford, é “a disposição para encarar as coisas pelo seu lado positivo e esperar sempre por um desfecho favorável, mesmo em situações muito difíceis”;
  • O pessimismo, segundo o dicionário Oxford, é “a tendência para ver e julgar as coisas pelo lado mais desfavorável; disposição de quem sempre espera pelo pior”;
  • O realismo, segundo o dicionário Oxford, é “atitude de quem se dá conta da realidade e a avalia com justeza e objetividade, evitando julgamentos emocionais”.

Na minha opinião, e o que tento fazer no meu cotidiano, a melhor opção é estar entre o "otimista" e o "realista". E confesso que me acho bem otimista! Tenho a tendência, e também por conta da minha fé, de esperar que o "final" me traga, pelo menos, bons ensinamentos e, quiçá, algo de positivo que não esteja conseguindo enxergar em um primeiro momento.

Li uma conclusão neste link abaixo que concordei, já que é muito difícil dizer se existe uma postura certa ou errada, acredito que o ideal seja aproveitar o que há de melhor entre elas!

"Se é que é possível chegar a alguma conclusão sobre esse assunto, o ideal seria dizer que o melhor não é adotar sempre uma dessas três posturas, mas tentar misturá-las, adaptá-las e passar de uma para a outra conforme a situação.

Ser realista, às vezes, é essencial, para que não nos ceguemos com emoções que nos impedem de ver as coisas com elas são, de maneira racional.

Ser pessimista pode nos fazer “cair na real”, evitando acreditar em ilusões e em colocar nossas fichas em esperanças falsas.

Ser otimista é ótimo em momentos de recomeço, para crescer após as derrotas e ter esperança de dias melhores quando tudo parecer ruim.

Misture essas três posturas e, provavelmente, vai encontrar a maneira mais equilibrada de ser nessa longa caminhada da vida."

https://www.eusemfronteiras.com.br/e-melhor-ser-realista-otimista-ou-pessimista/

E você? Como encara a sua vida?

Espero que tenha gostado e até o próximo artigo! Abraços!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao

Diversidade em Pauta: Por que inovar é tão importante?

14 de janeiro de 2025

Primeiramente, quero desejar a todos um ano maravilhoso! Saúde para todos!

E vamos ao meu primeiro artigo de 2025!! Feliz que continuamos juntos!

Por que inovar é tão importante?

Inovar e Inventar são verbos com o mesmo princípio ativo: MUDAR PARADIGMAS!

Mas seus significados não são os mesmos:

  • Inventar refere-se a ser o primeiro a ter uma ideia.
  • Inovar significa tornar novo, renovar, introduzir novidades ou consertar algo.

Inovar não é criar nada do zero (senão seria uma invenção), é aplicar comercialmente uma nova ideia! Para as invenções se transformarem em inovações, as novas ideias precisam sair do papel, causar impacto positivo na vida das pessoas e gerar lucros a uma empresa.

Agora, imagine o nosso planeta sem essas invenções:

  1. A RODA - 3.500 a.c. - A dificuldade no transporte de produção impulsionou a criação da roda.
  2. O DINHEIRO - 3.000 a.c. - Alguém que presta um serviço e é remunerado por tal feito e não ser escravo.
  3. O PREGO - 2.500 a.c. - Possibilitou a criação de casas com estruturas de madeira.
  4. A LEI - 1.750 a.c. - O Código de Hamurabi foi o primeiro código de leis da história e vigorou na Mesopotâmia, quando ele governou o primeiro império babilônico. Esse código se baseava na Lei do Talião, que punia um criminoso de forma semelhante ao crime cometido, ou seja, “olho por olho, dente por dente”.
  5. A BÚSSOLA - 1 d.c. - Europeus e árabes logo receberam essa nova tecnologia e passaram a navegar muito mais longe, permitindo até mesmo o descobrimento de um novo continente.
  6. A PRENSA MÓVEL - 1.440 d.c. - Permitiu que livros, textos fossem impressos em largas escalas. Isso garantiu que o pensamento e conhecimentos fossem fortemente disseminados, com mais de 20 milhões de livros impressos em apenas 20 anos. Permitiu que uma reforma atingisse em cheio a Igreja Católica na Europa, criando os países “protestantes”.
  7. O MOTOR - 1.824 d.c. - Movido a vapor e carvão em seus primórdios, o motor foi evoluindo até a versão moderna que usa derivados de petróleo, como a gasolina.

Começamos a mecanizar uma série de produções, aumentando e muito a produtividade e garantindo prosperidade material pela 1ª vez na história (prosperidade que, nos anos subsequentes começou a ser melhor distribuída). A Revolução Industrial nasceu desta invenção, assim como carros e aviões.

  1. O TELÉGRAFO - 1.840 d.c. - Mandar informações e mensagens complexas em grandes distâncias, em pouquíssimo tempo. Antes, uma carta demorava cerca de 12 dias para ser transmitida pelo Atlântico.

Governantes começaram a ter noção do que acontecia em tempo real, pessoas conseguiam mandar comunicações complexas em pouquíssimo tempo. Foi o telégrafo que permitiu que a Era da Comunicação começasse.

  1. LUZ ARTIFICIAL - 1.879 d.c. - Quando tudo que você tem é luz natural, seu dia acaba quando as horas de sol acabam. Um verdadeiro trabalho em equipe culminou na resolução de uma série de problemas e novas descobertas. Em 21 de outubro de 1879, uma lâmpada composta por um filamento de algodão carbonizado dentro de um bulbo a vácuo brilhou por 45 horas seguidas, sob o olhar atento de Thomas Edison.
  2. O CARRO - 1.886 d.c. - A patente do primeiro automóvel foi criada por Karl Benz (fundador da Mercedes Benz), ligada a um carro com motor monocilíndrico movido a gasolina.

Até o final do século XIX, o principal meio de locomoção humano era o cavalo e fazia-se praticamente tudo a pé. Uma viagem curta entre uma cidade e outra demorava dias e a maioria das pessoas não saía de um raio de 200 quilômetros de onde elas tinham nascido.

O carro surgiu e mudou essa lógica completamente – depois da adoção dos primeiros carros populares, como o Ford T. As cidades passaram a ser mais horizontais e as pessoas começaram a fazer deslocamentos cada vez maiores.

  1. A PENICILINA - 1.928 d.c. - Alexander Fleming descobriu a penicilina por acaso, mas acabou mudando toda a humanidade por conta disso. Os antibióticos formaram o primeiro tratamento eficaz contra uma série de doenças.

Isso permitiu um aumento significativo da população humana no século XX e a cura de várias doenças. Os antibióticos avançaram e muito o desenvolvimento da medicina.

  1. OS TRANSISTORES - 1.940 d.c. - A invenção foi fundamental para que tivéssemos uma revolução de eletrônica nas próximas décadas. Computadores, televisões, celulares, geladeiras, tudo veio por conta dos transistores.
  2. A INTERNET - 1.969 d.c. - Uma rede que junta milhares de computadores, celulares, aparelhos de televisão, videogames. Criada em 1969 e popularizada na década de 1990.

Não é preciso nem falar quantas coisas mudaram na sua vida desde que a internet foi inventada. Você começou a trocar correspondência digital (e-mail), começou a comprar sem sair de casa e a falar mais com os amigos e familiares.


E depois de todas essas inovações importantes não paramos por aí. Veio a tecnologia da Inteligência Artificial, as Energias Sustentáveis, as Viagens Espaciais comerciais, os Carros elétricos e autônomos, a Impressão 3D, os Bancos Digitais, as Cirurgias Robotizadas, o QR Code, as Vacinas de RNA mensageiro que buscam a cura para doenças como o câncer, entre muitas outras.

Então, já pensaram como seria o nosso mundo hoje se nada tivesse mudado ao longo de milhares de anos? A inovação não somente faz parte do nosso dia a dia como é importantíssima para a nossa sobrevivência e progresso.

É fato que a inovação movimenta a economia. É por isso que o tema está em alta no mercado. Pequenas, médias e grandes empresas, de diferentes culturas, perceberam que inovar é importante para sua própria sobrevivência.

Esta descrição abaixo da revista Exame corrobora muito com o disserto aqui para vocês:

  1. Criamos e recriamos. Ou seja, também inventamos. Mas não basta o “novo pelo novo”: deve ser inovação no papel e na prática, sempre com base em um propósito sólido e melhorando a vida das pessoas.
  2. Reconfiguramos. Inovar é saber dar um passo para trás para dar dois para frente. Portanto, não é preciso ser um inventor de soluções ocultas ou pensar no produto ou serviço que ninguém pensou. Inovar é sobretudo ser crítico, analítico e corajoso frente ao que já existe, alterando fluxos e reinventando caminhos que não deram certo, ou que já deram certo e agora precisam ser atualizados.
  3. Remixamos. Podemos reaproveitar experiências e aprendizados – bons e ruins – para misturar reagentes e encontrar um caminho inovador. Por esse motivo, são combustíveis para a inovação o diálogo, a multidisciplinaridade e a multiculturalidade. A inovação é, antes de tudo, uma releitura.

Inovar é reinventar operações, criar produtos e serviços, aprimorar e otimizar processos e produtos. Inovação requer trabalho em equipe, colaboração, integração de equipes multidisciplinares e a construção de um ambiente produtivo e eficiente, que possibilite o desenvolvimento da tecnologia e de novas oportunidades.


A diversidade dentro das empresas é fundamental para impulsionar a inovação, a criatividade e o sucesso das organizações. A diversidade permite a reunião de indivíduos com origens, experiências e perspectivas diversas, criando ambientes mais dinâmicos e adaptáveis. Estudos revelam que um ambiente de trabalho mais diverso é mais produtivo e inovador. Nesse sentido, promover uma cultura de inovação também significa estimular novas formas de pensar. Conectar a inovação com a diversidade é promover a contribuição de diferentes ideias, pensamentos e modos de ver as situações.

Como as ideias inovadoras são uma vantagem competitiva, a diversidade pode ser um propulsor de lucratividade e geração de valor para o negócio. Além disso, o ambiente de trabalho promove uma relação de confiança em relação ao negócio, tanto entre os colaboradores quanto entre os potenciais clientes.

Por isso tudo, começo mais um ano "brindando" à Diversidade, Equidade e Inclusão, pois é comprovado o sucesso de ações de DE&I nas empresas e seus benefícios: inovação, produtividade e satisfação pessoal.

Fazer o bem para fazer bem-feito!

Obrigada e até o próximo artigo!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao

https://www.startse.com/artigos/maiores-inovacoes-historia-humanidade/

https://exame.com/pme/3-diferencas-basicas-entre-inovar-e-inventar/

Diversidade em Pauta: Retrospectiva pra lá de agitada!

17 de dezembro de 2024

Como todo mundo gosta de saber da vida alheia (risos)... Decidi escrever sobre a minha retrospectiva, sobre como foi este meu ano de 2024, e como foi para lá de turbulento!

Depois de 29 anos trabalhando em multinacionais como CLT, decidi empreender e seguir meu sonho, agora como PJ!

Foram 26 anos de IBM e mais 3 anos na Kyndryl, até ter a oportunidade de me desligar do mundo corporativo para seguir meu caminho como Consultora ESG!

Sou muito grata à IBM e a à Kyndryl pelas oportunidades que tive e por ter tido a honra de trabalhar em duas empresas muito éticas e com profissionais incríveis.

Claro que não poderia deixar de mencionar os gerentes maravilhosos que tive e a gratidão por eles terem confiado no meu trabalho e me dado muitas oportunidades!

Aprendi muito, com a Florinda Mizrahi, com a Suely Dantas, Maria Fernanda S. Alvarenga e com o Rubens Drubi, ainda no RJ! Cresci muito, tendo ajuda de profissionais como a Gabriela Toscano Dantas de Fernández Magluta, a Fatima Cavalcante, a Judith Ferreira e a Nilce! E ganhei muitos amigos, que moram na minha lembrança e no meu coração até hoje, e não foram poucos!

Em SP, tive a sorte de conhecer pessoas importantíssimas para a minha carreira, como a Renata Santos, a Roberta Hall, a Ana Carla Martins Netto e a Adriana Brandao (todas mulheres e mulheres maravilhosas). Ganhei mais amigos e algumas até viraram irmãs pra vida, como a Eliane Cristina de Sousa Bertao, a Vanessa Marzano, a Mariana Guglielmetti e a Sabrina Zacharias! Fora os funcionários competentíssimos que tive o prazer de liderar, aqui em SP e lá no RJ!

Ralei muito! Aprendi muito! E fui muito feliz!

Depois de fazer minha pós graduação em Educação na PUC e ter certeza desse meu lado "professora" de ser, conheci o mundo das ações sociais e desejei mudar totalmente a minha carreira.

Tive a oportunidade de me tornar uma líder de Diversidade, Equidade e Inclusão e tocar diversos projetos do RH e de Cultura Organizacional na Kyndryl, que não só me deram um enorme letramento, como me ensinaram a ser uma pessoa melhor!

Mas este ano, decidi deixar isso tudo para trás, com a certeza de dever cumprido e um ganho enorme de experiência e habilidades, e dei espaço a uma "Márcia empreendedora", que aceitou sair da sua zona de conforto para desbravar um novo sonho!

Fiz uma nova pós graduação, em ESG e Sustentabilidade na FGV e tirei vários outros certificados, um em especial, o de Relatórios de Sustentabilidade (cada vez mais relevantes em empresas sustentáveis). A cada conhecimento adquirido fui tendo, cada vez mais, a certeza de que estava no lugar certo!

Passei por problemas pessoais ao mesmo tempo que me ressignificava profissionalmente e posso afirmar que este ano foi uma grande reviravolta!

Juntei forças internas e misturei-as com muita coragem e abri minha empresa de consultoria (www.impactesg.com.br)! Aprendi a vender meu serviço, meu sonho! Continuei e continuo estudando muito e eu termino o ano de 2024 me reconhecendo uma nova mulher e uma nova profissional!

Sempre muito planejada, focada, organizada e determinada, não esmoreci nem um dia sequer! Eu sabia onde queria chegar!

"Se você planeja ser qualquer coisa MENOS do que você é CAPAZ de ser, você será INFELIZ todos os dias da sua vida" - Abraham Maslow

Ainda tenho um longo caminho para crescer minha empresa, mas nada irá me parar! Conheço minhas competências, minha capacidade e minha energia, e sei o quanto posso realizar! Conheci pessoas incríveis este ano e tive muito apoio da família e dos amigos!

Minhas palavras do ano: CORAGEM e GRATIDÃO! E que venha 2025 cheio de novidades!

Este será meu último artigo deste ano, mas volto em janeiro! Me esperem!!

Agradeço aos seguidores da minha Newsletter e que no próximo ano sigamos juntos nessa trilha de letramento e sensibilização, porque fazer bem é fazer o bem!

Que o Natal de vocês seja repleto de alegrias, fartura e muita bondade!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao

Diversidade em Pauta: Tem CORREDOR voluntário aí? Aqui tem!!

03 de dezembro de 2024

Hoje, dia 03 de dezembro é o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência e por isso, trago neste meu artigo uma ONG que conheci e que me emocionou bastante! Hoje minha homenagem vai para os AcDs - Atletas com Deficiência e aos guias voluntários que dedicam seu tempo e energia em favor de outras pessoas!!!

Tudo começou na semana passada, quando a minha amiga Francine Gomes, que é mãe da namorada do meu filho, me falou que estava indo para o Ibirapuera fazer uma caminhada com uma mulher, que tem deficiência visual, e que ela, Francine, estava em processo de se "certificar" como guia de corrida!

Buscando mais informações, conheci então a Achilles Brazil (Achilles International Brazil) e seu trabalho de inclusão com Pessoas ou Atletas com Deficiência e fiquei encantada!!

Conversei com o Luís Ricardo Moreira, que é Guia e Conselheiro na Achilles Brazil e ele me colocou em contato com o Edson Santi Cidão, pessoa mega simpática, que me contou com detalhes a história da Achilles, a chegada no Brasil, sobre o programa, sobre o crescimento orgânico da ONG, sobre a necessidade constante de patrocínio para os atletas e guias participarem das provas e sobre toda a missão e valores que a Achilles preza muito!

Foi uma conversa maravilhosa!

A Achilles International começou pelo sonho de Dick Traum em 1976. Dick, um amputado acima do joelho, se viu chegando à meia-idade e fora de forma. Depois de ingressar em uma ACM local (Associação Cristã de Moços - YMCA), ele começou a correr - pequenas distâncias a princípio e depois, eventualmente, vários quilômetros. Dentro de um ano, Dick se tornou o primeiro amputado a correr e concluir uma maratona.

Dick foi à maratona de Nova York e esta experiência mudou a sua vida, trazendo um poderoso senso de conquista e auto-estima. Sua motivação despertou grande interesse e inspirou outros atletas com deficiência a seguirem seu exemplo, até que em 1983, fundou a Achilles Track Club em Nova York com Robert Glover (técnico), e nesta ocasião, 6 atletas também completaram a Maratona!

Uma história que o Edson me contou, diria eu, bem engraçada sobre o Dick, é que ele decidiu também incentivar outros atletas com deficiência a fazerem as próximas maratonas junto com ele, para que ele não fosse sempre o último colocado (risos), já que era o único atleta participante com deficiência. Esperto esse Dick! Vamos competir, galera!! :-)

A Achilles International é uma organização global que atende mais de 150.000 atletas com deficiência em 21 países. Os atletas têm deficiências que incluem amputações, paralisia, lesões cerebrais traumáticas, esclerose múltipla, paralisia cerebral, autismo e deficiência visual e auditiva. Desde sua fundação, a Achilles International tem desempenhado um papel poderoso na abordagem dos desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência, além de oferecer oportunidades de mudança para a vida.

No Brasil, ao qual Dick tinha um imenso carinho e orgulho, as atividades começaram em 2006, em São Paulo, abrindo espaço e alocando guias para acompanhar atletas com deficiência em provas de rua. A ONG foi instituída oficialmente em 2018 e hoje reúne mais de 863 membros entre guias voluntários e atletas com deficiências diversas.

Todos os guias recebem capacitação para acompanhar os atletas com deficiência em caminhadas, corridas e também nas bikes Handcycle.


A Achilles :

  • Promove a inclusão de pessoas, com qualquer tipo de deficiência, no esporte.
  • Incentiva a prática de atividades físicas para melhorar a saúde e bem-estar da comunidade.
  • Aumenta a conscientização sobre a importância da inclusão e da acessibilidade no esporte.

Vídeo MUITO LEGAL da Achilles - https://www.youtube.com/watch?v=JHgI2L5xhwk


Onde e quando a Achilles faz os treinamentos?

  • Quando não estão em provas oficiais de circuitos de rua, os treinos são realizados aos sábados e domingos, em parques espalhados pela cidade, USP, IBIRAPUERA, BELEM, HORTO FLORESTAL, CHICO MENDES entre outros, todos visando o bem-estar e facilidade de locomoção para os AcDs - Atletas com Deficiência.

Quais pessoas podem ser Guias de corridas ou caminhadas?

Tem ajuda para tudo quanto é gosto!!! Você pode:

  • Ajudar na logística da corrida e preparação que envolve o evento;
  • Ajudar o caminhante ou corredor com deficiência a tornar-se familiarizado com a dinâmica da caminhada ou corrida e utilização de algum equipamento necessário para condução;
  • Caminhar ou correr acompanhando atletas com deficiência em eventos ou treinamentos;
  • Participar de reuniões de orientação e orientar novos guias e atletas;
  • Acompanhar de bike os atletas do Handcycle, uma bike de 3 rodas muito veloz impulsionada pelas mãos.

IMPORTANTE: Cada guia e atleta é responsável por sua capacitação própria para praticar o exercício físico, ou seja, o intuito do grupo é tornar possível a participação dos atletas com deficiência nos eventos de corrida.

No Brasil o programa é apenas para adultos.

Mais informações sobre inscrições se informe aqui: https://www.achillesinternationalbrazil.com/guiavoluntario


O que a ONG precisa para se manter?

PATROCÍNIO!

  • A grande maioria das pessoas não tem condições de pagar suas provas e por isso, a Achilles pede a empresas que paguem integralmente as inscrições para atletas e guias, ou até mesmo, que paguem um percentual, caso não possam pagar o valor integral.
  • Quanto mais empresas apoiarem, mais possibilidade a ONG tem de aumentar os participantes nas provas, lembrando que é necessário pelo menos um guia por atleta.

DOAÇÃO!

Seja um doador! A ONG é ética, confiável e transparente!


"Quando você é voluntário, você não é pago em dinheiro ou reconhecimento. Você é pago em amor. As pessoas podem esquecer o que você disse ou o que você fez, mas elas nunca esquecerão o que você as fez sentir". - Agradecimento da Achilles International Brazil a todos os voluntários.

E aí corredor? E aí maratonista? Empresas? Que tal fazer parte desta história e fazer a diferença para outras pessoas?

Espero que tenham gostado de mais esse artigo e se gostaram, compartilhem! Isso também ajuda!

#pratodosverem: guias juntamente com o atleta, em uma corrida de rua

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao #PCDs #inclusao

Diversidade em Pauta: Bons exemplos devem ser estimulados!

19 de novembro de 2024

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, será celebrado pela primeira vez neste ano como feriado nacional.

Embora fosse considerado feriado em seis estados brasileiros e em mais de 1 mil cidades, a sanção do presidente Lula em dezembro de 2023, fez com que a data, que remete à morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais líderes negros do período Brasil Colônia, fosse de âmbito nacional.

Zumbi dos Palmares, batizado como Francisco, é considerado o maior líder quilombola da América Latina, além de criador do Quilombo dos Palmares, complexo com 20 mil habitantes localizado na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares (AL). Ele incentivou a fuga de escravos e liderou a resistência contra a escravidão.

Zumbi nasceu livre em Palmares, mas um padre o escravizou aos 6 anos, chegando a servir à missa e aprender latim. Aos 15 anos, fugiu e retornou ao quilombo, onde se tornou o guerreiro Zumbi.

Em 1694, uma expedição portuguesa destruiu o quilombo. Em 1695, após uma emboscada, Zumbi acabou capturado e decapitado, tendo a cabeça exposta em praça pública. Ele é considerado um símbolo de resistência dos negros à escravidão no Brasil.

O Brasil é um país estruturalmente racista, marcado pela exclusão, marginalização e pela falta de representatividade negra. O racismo pode ser perpetuado das mais diversas formas.

Para fins da Declaração da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial da ONU de 1969, "discriminação racial significará toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto ou resultado anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício em um mesmo plano (em igualdade de condição) de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública".

Neste artigo, como minha homenagem por este dia, queria destacar alguns exemplos de boas práticas em empresas, para encorajar outras empresas a fazerem ações similares, assim como, relembrar práticas antirracistas que todos nós podemos fazer no dia a dia:

  • Não minimize o racismo - É importante reconhecer a existência do preconceito, para, assim, combatê-lo.
  • Repense hábitos enraizados que são preconceituosos - Em um país no qual o racismo está enraizado na cultura e normalizado na sociedade, algumas atitudes e comentários preconceituosos são perpetuados, e, em muitos casos, passam despercebidos.
  • Denuncie o racismo - Para denunciar uma situação de racismo ou injúria racial: Disque 100, o canal voltado para violações de direitos humanos. É importante denunciar, seja você vítima ou testemunha do crime. Denúncias são fundamentais não apenas para punir o autor, como também para contabilizar os casos que ocorrem no país e, a partir disso, construir estratégias para o combate nos diversos âmbitos da sociedade.

Alguns destaques de ações empresariais para pessoas negras e pardas em 2024:

  • Grupo Heineken alcança o índice de 36% de pessoas pretas e pardas em cargos de liderança no Brasil. A meta é atingir 40% até 2030, conforme promessa firmada com o Mover.
  • Biogen busca promover diversidade e inclusão com visitas ao Museu Afro Brasil e participação na Parada LGBT+ em São Paulo, com o objetivo de engajar funcionários em temas de representatividade e respeito às diferenças.
  • Unilever lança Escola de Marketing Antirracista para incorporar diversidade na criação de produtos. Mais de 350 profissionais de marketing foram capacitados para refletir sobre a diversidade racial em todas as etapas de comunicação.
  • Artplan lança o programa Pacto Preto com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de trabalhadores negros em diferentes níveis hierárquicos dentro da agência.
  • Plataforma Afreektech, iniciativa do Movimento Black Money em parceria com o Mover, capacita profissionais negros com curso de vendas B2B liderado por C-level da SAP.
  • Nath Finanças lança projeto de inserção de mulheres negras no mercado financeiro.
  • Com base em pesquisa realizada com mais de mil mulheres pretas e pardas, Natura lança uma linha "Tododia" de cosméticos específica para essas peles.
  • Ambev e Movimento Black Money oferecem 20 mil bolsas de estudo para formação tecnológica de jovens negros.
  • Grupo OLX lança programa Jovens Talentos 2024 para pessoas pretas, com bolsa-auxílio pode chegar a R$ 2 mil.
  • Itaú Unibanco abre mais de 220 vagas afirmativas em Tecnologia e Design. A seleção contempla a contratação de pessoas pretas e pardas, LGBT+ e com deficiência.

Estes são apenas alguns exemplos de boas práticas, mas há muitas outras que estão sendo fomentadas com o avanço da pauta de Diversidade, Equidade e Inclusão nas empresas.

Diversidade e Inclusão não tem um viés regulamentado e portanto, está totalmente voltado a boas práticas, ao voluntariado e claro, ao bom exemplo, que começa de cima!

Feliz Dia da Consciência Negra e vamos ter mais consciência e não somente gozar o feriado!

Até o próximo artigo! Abraços!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao #raça #negrosepardos

https://www.metropoles.com/brasil/brasil-celebra-pela-1a-vez-o-dia-nacional-da-consciencia-negra?utm_source=substack&utm_medium=email

Diversidade em Pauta: Victoria's Secret

22 de outubro de 2024

Desde 2018 que a Victoria's Secret não realizava seu badalado e icônico desfile anual, com as belíssimas e melhor pagas modelos, usando aquelas asinhas de "anjas" e desfilando com lingeries incrustadas de diamantes!

No último dia 15 de outubro a Victoria's Secret voltou a fazer seu megaevento, com suas "angels", só que desta vez, após enfrentar diversas críticas, procurou fazer um desfile politicamente correto, trazendo belas modelos diversificadas em seus corpos, saindo do padrão de magreza absoluta que sempre prestigiou nas passarelas.

Após uma série de críticas à falta de diversidade e à objetificação do corpo das mulheres em seus "fashion shows", a Victoria's Secret decidiu tentar se readequar e anunciou, entre outras, a modelo transgênero brasileira Valentina Sampaio, de 23 anos, como uma das "angels" deste ano.

O histórico recente da Victoria's Secret inclui a figura de um controverso ex-chefe de marketing, Ed Razek. Em 2018, quando ainda ocupava o posto, ele disse em entrevista ser "impossível" incluir modelos transgênero e plus size no seu elenco — exatamente o que a grife se propôs em fazer agora.

Dois anos depois, Ed Razek foi acusado de assédio por supostamente tentar beijar as modelos e pedir que elas se sentassem em seu colo, mas ele negou as acusações.

A marca, que perdeu bilhões do seu valor de mercado em 10 anos, decidiu mudar pessoas, dirigentes, seu posicionamento quanto à diversidade, e recriou seu Fashion Show de forma inclusiva, com diferentes etnias, corpos e sem etarismo.

O show de abertura foi da cantora Lisa, da banda coreana Blackpink, com direito a bailarinas de calcinha fio-dental dançando a la Anitta. E na primeira parte do desfile, foi apresentado o show da cantora sul-africana Tyla, trazendo looks em cores pastéis, muito branco, seda e plumas.

A primeira brasileira a pisar na passarela foi Adriana Lima, hoje com 43 anos, uma das "angels" tradicionais da marca. Ela fez cinco entradas, todas com looks deslumbrantes e a mesma energia de vinte anos atrás.

A presença das modelos "clássicas", da época de ouro das "angels", foi um dos trunfos do espetáculo. Além de Adriana Lima, Alessandra Ambrosio, também com 43 anos, desfilou com um conjunto cheio de brilhos e com asas cravejadas. E, Isabeli Fontana, com 41 anos, entrou com uma capa dourada de efeito metálico.

A supermodelo britânica, Kate Moss, belíssima aos 50 anos, desfilou um look todo preto e rendado ao som de "I Love Rock'n'Roll".

Entre os nomes estreantes estavam o da modelo plus size Devin Garcia, 23, e o da brasileira Valentina Sampaio, também de 23 anos, primeira mulher trans a desfilar pela marca.

O show contou até com a ex-primeira-dama da França, Carla Bruni, com 56 anos, também fazendo sua estreia em uma passarela da grife.

O desfile durou cerca de 40 minutos e foi encerrado com a maravilhosa Cher, que cantou seu clássico "Believe", entre outras músicas.

Para fechar a passarela, Tyra Banks, com 50 anos, fechou a passarela usando collant de brilhos e uma capa preta.

A marca voltou com tudo, após um hiato de 6 anos e com uma nova cultura, que agradou a muitos com esta nova proposta inclusiva.

Bom, que seja então, uma nova era para a grife e uma lição para o mercado!

A "ditadura da beleza", onde corpos esquálidos, mantidos à base de dietas absurdas, já não é mais aceita, o mundo finalmente "acordou" e entendeu que ser magra, jovem e branca não é o padrão de mulher bonita ou modelo e que as mulheres não precisam mais se encaixar nesse retrato para serem consideradas atraentes ou belas.

Somos todas diferentes e isso é muito bom! Vamos nos valorizar e valorizar o diferente!

Espero que tenham gostado e até o próximo artigo!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao #mulheres

Diversidade em Pauta: Violência contra a mulher

08 de outubro de 2024

Em agosto de 2021 o Talibã destituiu o então presidente do Afeganistão e assumiu o controle da capital, Cabul. Depois de 20 anos, o Talibã voltou ao poder e desde então as mulheres deste país não tiveram mais um dia de paz.

A saúde mental abalada destas mulheres é hoje uma das catástrofes resultantes de tal opressão, e muitas delas optaram por tirar suas próprias vidas ao longo dos últimos anos.

Óbvio que as autoridades do Talibã não permitem que os números de suicídios sejam divulgados, mas repórteres do Zan Times, um jornal investigativo liderado por mulheres que cobre violações dos direitos humanos no Afeganistão fez uma denúncia: a nível global, os suicídios são mais frequentes entre homens do que entre mulheres, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, no Afeganistão, essa tendência é inversa, onde 80% das pessoas que tiram suas próprias vidas são mulheres.

As mulheres passaram a representar mais de três quartos das mortes por suicídio registradas, dado que inclui ainda as tentativas de tirar a própria vida. O relato é de um suicídio por dia. A maior parte destas vítimas são mulheres jovens, ainda no início da adolescência. Os números são subnotificados, uma vez que o suicídio é considerado vergonhoso em países muçulmanos e, muitas vezes, encoberto. Algumas mulheres que tentaram o suicídio não foram levadas para tratamento, e algumas morreram e foram enterradas sem registro de que tiraram a própria vida.

Desde a volta do Talibã ao poder, meninas e mulheres tiveram seus direitos e liberdades tolhidos: elas só podem estudar até o fim do ensino fundamental, que no Afeganistão vai até a 6ª série. Elas não têm acesso ao ensino superior e não podem construir uma carreira. Elas também não podem trabalhar em ONGs e nem ocupar cargos públicos e judiciários.

As mulheres não podem viajar distâncias superiores a 75km sem a companhia de um homem da família, não podem frequentar diversos locais, como parques, jardins, academias, espaços esportivos e banheiros públicos. E para sair às ruas, elas precisam estar devidamente cobertas com a burca, com apenas uma estreita tela à altura dos olhos para permitir a visão.

O Talibã também mandou fechar todos os salões de beleza, que constituíam os únicos espaços de liberdade e socialização que ainda restavam às mulheres. De acordo com a Câmara de Comércio e Indústria para as Mulheres Afegãs, a proibição afetou cerca de 60 mil mulheres, que trabalhavam em 12 mil salões de beleza e tinham os estabelecimentos como única fonte de renda.

Elas também não podem ter acesso a qualquer apoio psicológico, principalmente, se foram vítimas de violência, incluindo a violência sexual. Imaginem passar por tudo isso e nem poder contar com ajuda e nem remédios para ansiedade ou depressão? E quando o fazem, é sem o consentimento ou conhecimento dos familiares, pois problemas como depressão e ansiedade são considerados motivo de vergonha e desonra para os Afegãos.

"Toda semana converso com pacientes que dizem querer tirar a própria vida. É desesperador" - explica Sharafuddin Azimi, psiquiatra e professor associado na Universidade de Cabul.

Os traumas, a opressão e as violações são imensas. O suicídio é um sinal de que as pessoas sentem que não há esperança!

No Brasil temos um alto índice de violência com a mulher: assédios, violência doméstica, estupros e feminicídio! E as causas são as mais diversas: estruturais, históricas, político-institucionais e culturais.

O papel da mulher foi por muito tempo limitado ao ambiente doméstico. A mulher era enxergada como uma propriedade particular, sem direito à vontade própria. A violência doméstica não é simplesmente azar ou uma má escolha da mulher, mas um conjunto de fatores, e que são sentidos de maneira mais dura por mulheres pobres, refugiadas e negras.

"As situações individuais e cotidianas, como sofrer assédio de rua, ter o comportamento vigiado e controlado, não poder usar certas roupas, ser alvo de ciúme, reprimir a própria sexualidade, são sintomas, e não causas, de violações mais dramáticas, como o estupro e o feminicídio."

A violência doméstica contra a mulher é definida como aquela que ocorre no âmbito doméstico ou em relações familiares ou de afetividade, caracterizado pela discriminação, agressão ou coerção, com o objetivo de levar a submissão ou subjugação do indivíduo pelo simples fato de ser uma mulher.

Os tipos mais comuns de violência contra uma mulher, de acordo com a Lei Maria da Penha, de 2006, são:

  1. Violência física: qualquer ação que ofenda a integridade ou saúde corporal.
  2. Violência psicológica: qualquer ação que cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação, como: constrangimento, humilhação, ridicularização, isolamento, perseguição, ameaça, chantagem, controle (possessão).
  3. Violência sexual: qualquer ação que limite o exercício dos direitos sexuais ou reprodutivos, como: coação a presenciar ou participar de relação sexual indesejada, impedimento do uso de método contraceptivo, indução ao aborto ou à prostituição.
  4. Violência patrimonial: qualquer ação que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, bens, recursos, documentos pessoais ou instrumentos de trabalho.
  5. Violência moral: qualquer ação que configure calúnia, injúria ou difamação.

Uma pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou que houve um aumento do feminicídio em 31% em dez anos, no período de 2007 a 2017. Em 2023 outro levantamento foi feito e os números só pioraram: feminicídio e violência doméstica cresceram e os casos de estupro bateram recorde em 2023.

Os casos de violência familiar ou de violência no lar, em alguns casos, não são denunciados por uma questão de vergonha ou por receio. As diferentes formas de violência doméstica e familiar praticada contra a mulher podem lhe causar a morte, lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico, dano moral ou patrimonial, por isso, denuncie se souber de algo.

Liguem 180!

Dia Nacional da Luta Contra a Violência à Mulher - 10 de OUTUBRO!

Obrigada, espero que tenham gostado e até o próximo artigo!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao #mulheres

Vejam mais sobre "Violência contra a mulher" em:

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/violencia-contra-a-mulher.htm#

https://estudio.r7.com/fim-da-linha-afeganistao-vive-onda-de-suicidios-entre-mulheres-desde-a-volta-do-taliba-ao-poder-15042024

Diversidade em Pauta: Inteligência emocional

27 de agosto de 2024

"Inteligência Emocional é mandar alguém a merda, de tal forma, que a pessoa fique entusiasmada com a viagem!" (autor desconhecido) Concordam ou discordam?

Bom, na verdade, não é bem isso...

Inteligência emocional não é deixar de sentir, mas sim aprender a lidar com os sentimentos de uma maneira positiva trazendo soluções possíveis para a sua vida e para as suas relações.

Alegria, nervosismo, surpresa, ira, calma, decepção... Gerenciar a cascata de emoções que vivemos diariamente não é fácil. Porém, a inteligência emocional aparece cada vez com mais força como via para alcançar a felicidade em qualquer aspecto das nossas vidas, incluído o profissional.

Você está disposto a aprender a ser feliz?

Daniel Goleman, autor de vários livros sobre o tema, explica os conceitos e os 5 pilares da Inteligência Emocional e a nossa busca constante pelo equilíbrio entre os sentimentos e emoções e a razão, tanto na vida pessoal quanto na profissional:

Conceitos:

A inteligência racional é aquela consciente, mais lenta, que avalia o que vê e sente e responde às situações que nos acontecem.

Já a inteligência emocional é mais rápida e portanto, responde sem fazer muita reflexão ou julgamento, ela só age.

Todas as pessoas têm um Coeficiente de Inteligência (QI) e um Coeficiente Emocional (QE). Ele diz que o QI alto é ótimo para arrumarmos um emprego, mas é o QE alto que serve para nos mantermos nele por mais tempo e para crescermos profissionalmente. Em pessoas bem-sucedidas, 20% das suas aptidões vêm do seu QI e 80% vem do seu QE.

Interessante, não?

E como está o seu Coeficiente Emocional?

Usar a razão para gerenciar as emoções é muito importante, mas é impossível ser racional todo o tempo, portanto, o ideal é sentir as emoções, mas saber o que fazer com elas quando elas aparecerem, esta é a chave para o sucesso.

Os 5 pilares da Inteligência Emocional:

1. Autoconsciência:

A capacidade de analisar as emoções e prever as reações, ter autoconhecimento.

Você é capaz de se entender, analisar suas próprias emoções e prever suas reações diante dos acontecimentos?

Saiba que, para você conseguir lidar bem com seus sentimentos, você precisa se conhecer muito bem, saber o que te afeta e saber como você reage diante dos momentos de adversidade.

Existem dois tipos de autoconsciência a serem percebidos e desenvolvidos:

  • autoconsciência interna: representa a forma como nos enxergamos, nossos valores, virtudes, princípios, paixões, desejos, aspirações, reações (incluindo pensamentos, sentimentos, comportamentos, pontos fortes e fracos) e o impacto que temos sobre os outros.
  • autoconsciência externa: representa a forma como as outras pessoas nos veem, em relação aos mesmos fatores da autoconsciência interna.

Complexo, não?

A interna associa-se a uma maior satisfação no trabalho, nas relações pessoais e sociais e na nossa adaptação ao ambiente e facilita o relacionamento com outras pessoas. E está negativamente relacionada com a ansiedade, o stress e a depressão.

Já a externa diz sobre como alguém lida com fatores externos, envolvendo a empatia, a paciência e a escuta ativa. As pessoas ficam mais habilitadas em mostrar empatia e a assumir as perspectivas dos outros, sobre nós mesmos.

Uma pessoa em cargo de liderança, por exemplo, precisa saber escutar o outro sob uma perspectiva diferente da sua.

Para isso é preciso atentar-se, prestar atenção aos sentimentos, entender suas reações em cada situação vivida (se sentiu medo, angústia, frustração, insegurança, raiva, felicidade, preocupação, irritação etc.) e identificar formas de compartilhar estes sentimentos sem conflitos. É aí que vem o 2o. pilar...

2. Autorregulação:

A capacidade de conseguir controlar os nossos sentimentos em momentos de pressão e equilibrá-los.

Segundo Daniel Goleman, a consciência das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo. E tão importante como reconhecer as emoções é saber gerenciá-las. Assim, ele traz dois conceitos, a autopercepção e a heteropercepção que precisam ser entendidos.

A autopercepção é o que entendemos e percebemos. Já a heteropercepção se refere ao modo como os outros enxergam a mesma situação.

Às vezes, através da autopercepção, achamos que nosso modo de agir é assertivo, mas, pessoas ao nosso redor podem interpretar nossas ações de outra forma, por exemplo, como de uma pessoa grosseira.

Por isso, neste pilar, também é importante conhecer o que os outros pensam ou como sentem as coisas, avaliar o entendimento do outro, pois só assim podemos ter mais controle na emissão de mensagens e evitar desentendimentos. E para avaliar como o outro enxerga, temos que entrar no 3o. pilar...

3. Empatia:

A capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, respeitando e acolhendo as suas emoções.

A empatia é a base de um comportamento colaborativo e amigável no trabalho. É entender o lugar que o outro ocupa, de maneira realmente sensível e aberta, desprovida de julgamentos.

Colocar-se no lugar do outro envolve muito mais do que validar e respeitar o sentimento do outro, é a capacidade de você sentir o que uma outra pessoa sente caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, ou seja: procurar experimentar de forma objetiva e racional o que o outro sente a fim de tentar compreender sentimentos e emoções.

Uma liderança baseada em empatia possibilita uma maior conexão com os colaboradores e o entendimento de sentimentos e pensamentos, tornando-se mais respeitosa e transparente.

Como somos seres sociáveis e dependemos de vários outros seres ao nosso redor e dividimos o mesmo espaço, precisamos trabalhar esta comunicação empática. Desta forma, seguimos para o 4o. pilar...

4. Habilidades sociais:

A capacidade de conseguir se relacionar bem com os outros. Nenhuma pessoa é sozinha, somos parte de um organismo maior, o organismo social.

E como construir bons relacionamentos?

É muito importante construir relações saudáveis e poder transitar entre os vários grupos sociais, tanto de amigos, família como de colegas de trabalho, compreendendo-os e se relacionando bem com eles. Isso traz relacionamentos respeitosos e garante um ambiente positivo ao nosso redor.

Saber gerenciar as emoções e ser capaz de se conectar com as pessoas de forma produtiva e harmônica é uma característica de quem tem bom nível de inteligência emocional.

Em ambiente corporativo, essa habilidade é considerada um dos soft skills mais fundamentais para o trabalho em equipe e é a base para a construção de uma carreira sólida.

E agora que vimos estes 4 pilares, como melhorar estas habilidades sem o 5o. pilar?

5. Automotivação

A capacidade de conseguir usar as emoções adequadamente e ser capaz de driblar obstáculos e manter-se focado em seus objetivos.

A automotivação envolve o autoconhecimento e autorresponsabilidade, tudo que vimos nos pilares anteriores. Ou seja: você precisa se conhecer para entender como se manter motivado e disciplinado e para isso, precisa se tornar protagonista da sua história.

O ser humano, com inteligência emocional, possui isso de forma intrínseca e não necessita de motivação externa para buscar seus objetivos.

Isso tudo não quer dizer que buscar a inteligência emocional seja uma anulação das emoções, muito pelo contrário, é ter entendimento e controle sobre elas, sentindo-as de modo mais lento, reflexivo e não automático.

É o trabalho de construção de novos comportamentos, pensamentos e hábitos. Para assim, poder usar a inteligência emocional totalmente a seu favor.

Bora praticar a nossa inteligência emocional?

Espero que tenham gostado e até o próximo artigo!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao

Diversidade em Pauta: E o que dizer das nossas atletas?

13 de agosto de 2024

E o Brasil termina em 20o. lugar nas Olimpíadas de Verão em Paris 2024!!!

Olimpíadas na antiguidade:

Os jogos receberam este nome, pois começaram na cidade grega de Olímpia, situada no sudoeste da Grécia. As competições aconteciam nos momentos de trégua, pois naquela época eram comuns conflitos entre as cidades-estado gregas. A situação de trégua era decretada dois meses antes dos jogos, que ocorriam também de quatro em quatro anos, só que sempre em uma mesma cidade, Olímpia.

O anúncio do evento era dado por mensageiros em diferentes regiões, para que as pessoas pudessem viajar para Olímpia em segurança, já que os conflitos estariam interrompidos durante a competição.

Mulheres, estrangeiros e escravos eram proibidos de participar dos jogos antigos. Nem mesmo assistir era permitido às mulheres. (Brasil Escola)

Criação do Comitê Olímpico Internacional (COI):

Escavações arqueológicas feitas em Olímpia entre os anos de 1875 e 1881 e o legado da Grécia inspiraram a criação do Comitê Olímpico Internacional (COI), em 1894. O pedagogo e esportista francês Barão Pierre de Coubertin, foi o responsável pela fundação do órgão que regulamenta a competição.

A primeira edição dos Jogos Olímpicos modernos foi realizada na cidade de Atenas, em 1896. Participaram 14 países e 241 atletas homens, pois as mulheres eram proibidas de competir.

Quando as mulheres começaram a participar em Olimpíadas?

A primeira participação de uma mulher nos Jogos Olímpicos foi em 1900. Um século depois, elas passaram a representar quase a metade do número total de participantes. As Olimpíadas de Londres 2012 marcaram um momento histórico ao ser a primeira edição em que todos os países tiveram pelo menos uma mulher entre seus atletas.

E o Brasil?

O Brasil participou de 25 edições dos Jogos Olímpicos de Verão, de 1920 a 2024.

A 6a. edição dos Jogos Olímpicos de Verão, a de Antuérpia 1920, foi a primeira com a presença do Brasil, porém, apenas com atletas homens.

Até as Olimpíadas de Montreal-1976, o número de atletas mulheres na delegação brasileira não chegava a dez. Em Moscou-1980, o Brasil levou 15 mulheres. Depois foram 22 mulheres em Los Angeles-1984 e 35 em Seul-1988. Em Tóquio-2020, foram 145 mulheres (45% do total da delegação). E em 2024, batemos o recorde de representatividade, com 55% da delegação sendo mulheres, do total de 277 atletas.

Maria Lenk (nadadora) foi a primeira mulher brasileira (primeira sul-americana) a participar das Olimpíadas, em Los Angeles, 1932.

As duplas Jackie Silva / Sandra Pires (ouro) e Adriana Samuel / Mônica Rodrigues (prata), foram as primeiras brasileiras medalhistas olímpicas, que protagonizaram a final do vôlei de praia feminino em Atlanta 1996, quando a modalidade ingressou no programa dos Jogos.

Em 2008, em Pequim, a paulista Maurren Maggi cravou 7,04m na final do salto em distância e superou, em apenas um centímetro, a russa Tatyana Lebedeva. Maurren conquistou o ouro e se tornou a primeira brasileira da história a conquistar a medalha dourada, não só no atletismo, mas também em provas individuais de qualquer modalidade nos Jogos.

Foi também em Pequim que uma das modalidades de maior popularidade no Brasil finalmente viu as mulheres conquistarem o ouro olímpico. Com uma campanha perfeita de oito vitórias, ressaltada pelas estatísticas de 24 sets vencidos e apenas um perdido, o Vôlei feminino do Brasil sagrou-se campeão ao derrotar os Estados Unidos na decisão por 3 a 1. A ponteira Paula Pequeno foi eleita a melhor jogadora de vôlei das Olimpíadas, e José Roberto Guimarães entrou para a história como o único treinador em todos os tempos a ter levado uma seleção masculina e uma feminina ao ouro olímpico.

Em 2012, em Londres, foi a vez de Sarah Menezes ganhar o ouro no Judô e mais uma vez o nosso time feminino de Vôlei se consagra!

Em 2016, nas olimpíadas do Rio, Rafaela Silva, a judoca foi ouro! Sua história é antes de mais nada de muita superação: ela superou a miséria, a discriminação, experimentou e superou a derrota e, principalmente, ela conseguiu vencer a si mesma.

Rebeca Andrade conquista um belíssimo ouro no salto e Ana Marcela conquista o ouro na maratona aquática, em 2020, nas olimpíadas de Tóquio.

Olimpíadas de Paris (2024) e nossas guerreiras:

Vivemos dias e momentos de muita emoção com nossas atletas... claro que os meninos tiveram todo o seu valor e torci muito por todos eles (Medina, Isaquias, Piu, Augusto Akio, entre outros), mas por tratar do tema de Diversidade e Inclusão nesta newsletter, quero destacar a participação de mulheres incríveis, afinal, os três ouros foram de mulheres!

Rafaela Silva volta ao tatame depois de ficar fora das Olimpíadas de Tóquio e apesar de não ter conseguido uma medalha na disputa individual, ela sai com o bronze por equipes! Torci muito por você, Rafa!

A mesa-tenista Bruna Alexandre fez história ao se tornar a primeira atleta paralímpica brasileira a disputar as Olimpíadas. Bruna é medalhista paralímpica e poderemos assisti-la novamente nas Paraolimpíadas que começarão dia 28 de agosto, em Paris.

Acompanhei também as mesa-tenistas Bruna e Giulia Takahashi em individuais e em dupla, pena que não saíram medalhistas, mas tem tudo para serem no futuro!

Beatriz Souza vence a medalha de ouro na categoria peso pesado no judô! A brasileira, novata em Olimpíadas, derrotou outras três medalhistas olímpicas e chegou no alto do pódio.

E o que falar de Rebeca Andrade? A ginasta brasileira é reconhecida como a atleta mais vitoriosa de nosso país na história das Olimpíadas. Ao todo, a ginasta conquistou ao todo seis medalhas em Olimpíadas, sendo 1 medalha de ouro (salto) e outra de prata (individual geral) em 2020, em Tóquio, e nas Olimpíadas de Paris recebeu mais 1 ouro (solo), 2 pratas (salto e individual geral) e 1 bronze por equipes. Fora a vencedora que ela já é, a menina é doce, simpática, determinada e muito companheira!

Rebeca e seus sete irmãos foram criados por sua mãe, Rosa, que trabalhou como faxineira para poder pagar pelo treinamento da filha. O irmão mais velho de Rebeca era encarregado de levá-la de casa aos treinos, percurso que demorava duas horas a pé, até conseguirem uma bicicleta. De acordo com a Rebeca, o apoio de sua família foi fundamental para chegar ao nível de elite do esporte. Além disso, a atleta passou por três cirurgias de reconstrução do ligamento cruzado do seu joelho direito. E para fazer os brasileiros se orgulharem ainda mais, ainda foi reverenciada por Simone Biles, vencedora de 30 medalhas em campeonatos mundiais, sendo 23 delas de ouro. É a ginasta mais condecorada na história dos Estados Unidos em mundiais.

Fora a Rebeca, a Flavia Saraiva, a Flavinha... que menina alto astral. Mesmo sofrendo um acidente no aquecimento e cortando seu supercílio, ela seguiu na disputa com toda a sua força e uma alegria sem tamanho!

No vôlei de praia, duas gigantes: Ana Patrícia e Duda! A disputa da semi-final com as australianas já foi dureza de assistir! O coração sofreu de tanta emoção..., mas elas seguiram para a final com as canadenses. E o que dizer da final?? Foi simplesmente maravilhoso ver a garra e a concentração das duas! Duda sofreu com todos os saques em cima dela e a responsabilidade de marcar de terceira. Ana Patrícia, companheira que não desiste nunca, manteve-se guerreira até o final! Foi incrível e muito merecido! Destaque para o DJ que tocou Imagine (Beatles) em um momento mais acalorado durante a disputa! Foi hilário!

E a nossa mais jovem medalhista? Rayssa Leal, nossa skatista mais simpática que existe! Nossa Fadinha, foi bronze! Ah, como eu torci por ela! Ela sempre sorrindo, ouvindo sua música e dançando, curtindo o momento!

No surfe, Tatiana Weston Webb termina com a prata, mas para mim ela foi ouro! (rsss) Maravilhosa!

As meninas do vôlei: Gabi, Rosamaria, Carol, Ana Cristina, Thaisa, Macris, Roberta, Diana, Julia e Nyeme e todas as outras, foram, como sempre, um grande destaque, mulheres que representam muitas brasileiras. Vocês foram determinadas, batalhadoras e companheiras! O sonho do ouro foi embora em um jogo extremamente disputado contra os Estados Unidos, mas a disputa continuou pelo bronze e elas não esmoreceram! Gabi, a melhor do mundo, mostrou o porquê merece esse título! Parabéns, meninas, vocês foram demais!

E quem estava acreditando que o time de futebol feminino iria para a final? O futebol masculino nem se classificou para ir para as olimpíadas desta vez, mas as nossas meninas foram e fizeram bonito! Destaque para nossa goleiraça, Lorena, na partida contra a Espanha. E na final, Ludmila fez um golaço, mas infelizmente estava impedida. As americanas ganharam, mas o Brasil foi muito bem representado! Para Marta, pode ter sido seu último jogo, por isso, fica o nosso reconhecimento por ter tido essa maravilhosa jogadora e líder do nosso time por tantos anos!

E ainda, outras mulheres foram destaque... Larissa Pimenta no judô (como ela chorou...) e Beatriz Ferreira no Boxe! As duas ficaram com o bronze!

E a Ana Sátila? A atleta virou até meme de tanto que entrou na água para competir! Foram 12 vezes em 10 dias! Criaram até um verbo com seu nome: satilar... "Esta semana satilei tanto! Estou exausta!"

Foi bom demais! Pena que acabou!

Bom, termino aqui a minha newsletter desta semana, feliz por homenagear estas mulheres atletas e guerreiras do nosso Brasil!

Compartilho este vídeo que vi no Instagram... Amei essa homenagem as nossas atletas! Assistam! E, abaixo fiz um quadro de todas as medalhas e participações do Brasil em Olimpíadas.

https://www.instagram.com/reel/C-YpI8EOCEX/?igsh=MWozaTY1OHY5c3Nhag==

E que venham as Paraolimpíadas!

Espero que tenham gostado e até a próxima edição! Abraços!

QUADRO DE MEDALHAS (Olimpíadas de Verão):

#pratodosverem: Participação do Brasil em Olimpíadas - by Márcia

Observação: existem os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno. A competição de Inverno é disputada a cada quatro anos, no intervalo dos Jogos Olímpicos de Verão. Isso significa que a cada dois anos há uma edição de Jogos Olímpicos ocorrendo. A diferença é que, na edição de Inverno, são disputados apenas esportes que envolvem gelo ou neve.

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao #mulheres

Veja mais sobre "Olimpíadas (Jogos Olímpicos)" em:

https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/olimpiadas.htm#

https://investnews.com.br/off-work/mulheres-ganham-todas-as-medalhas-de-ouro-do-brasil-em-paris-e-superam-homens-pela-1a-vez-em-olimpiadas/#:~:text=A%20primeira%20atleta%20mulher%20brasileira,e%2035%20em%20Seul%2D1988.

Diversidade em Pauta: Quem é Raquel Kochhann?

30 de julho de 2024

Quem é essa moça, de sorriso largo, a capitã da nossa seleção do time de Rugby feminino?

Raquel Cristina Kochhann, de 31 anos, Catarinense, representou o Brasil como nossa porta-bandeira, na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, na última sexta-feira, dia 26 de julho.

Mas por que escolhi a Raquel para escrever este artigo? Que história de superação ela nos traz?

Esta é a terceira Olimpíadas que a atleta participa, mas a primeira competição depois de enfrentar um câncer de mama.

A trajetória de superação de Raquel começou ainda na adolescência, com o interesse pelo esporte já aflorado. A catarinense, desde os 15 anos, já mostrava seu talento no futsal e aos 17, foi convocada para a seleção brasileira de futebol sub-17, mas um entorse no pé a impossibilitou de participar dos jogos.

Aos 19, quando praticava futsal no time de sua faculdade, a jovem conheceu a modalidade de rugby e rapidamente se tornou a melhor jogadora do Campeonato Gaúcho.

Desde então, Raquel foi campeã brasileira, bicampeã gaúcha e terceira colocada no mundial universitário. Se mudou para São Paulo para integrar a seleção brasileira de Rugby Sevens (uma modalidade mais dinâmica do esporte), com a qual conquistou a medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2014 e o bronze no Pan-Americano de Toronto, em 2015. (crédito da reportagem do site Terra)

O sucesso a levou para duas olimpíadas! No entanto, o maior desafio da vida de Raquel estava prestes a começar.

Em 2021, Raquel observou um caroço na mama. Enquanto disputava as Olimpíadas de Tóquio, porém, menos de um ano depois, em maio de 2022, o caroço havia dobrado de tamanho e, como a temporada estava acabando, optou por adiar a cirurgia.

Em 2022, Raquel recebeu o diagnóstico confirmando a presença de células cancerígenas na mama, além de uma metástase no seu osso do esterno (o osso que temos bem no meio do peito). Quase na mesma época, Raquel rompeu o ligamento cruzado do joelho (e eu sei como é dolorida esta cirurgia!), então aproveitou a cirurgia do joelho para então retirar o caroço da mama.

"Minha mãe teve câncer de mama, então, por precaução, pelo histórico, a gente optou por fazer a mastectomia bilateral. Eu tinha bastante peito, e uma habilidade muito boa para o tackle. Agora, sem o seio, faz bastante diferença na parte técnica", afirmou Raquel.

Por escolha própria, Raquel decidiu fazer a mastectomia bilateral preventiva, a retirada dos dois seios. Foi uma recuperação muito difícil e dolorosa. Raquel ficou em quimioterapia por 20 meses e ficou longe de todas as competições, mas continuou treinando, em ritmo menor, enquanto fazia o tratamento.

Sempre quis ser atleta e o ambiente e a energia do nosso grupo me fazem bem, o que foi essencial para manter a força mental para seguir em frente”, declarou Raquel ao portal da Confederação Brasileira de Rugby.

O treinador da seleção, Will Broderick, reiterou a força da atleta durante o tratamento: “Nunca vi nada parecido na minha vida. A Raquel mostrou uma força incrível neste período, vinha treinar todos os dias, mesmo durante o tratamento. E, quando não estava treinando, ajudava a equipe da forma que podia: filmando as atividades, levando água para as companheiras ou motivando a equipe".

Como ela mesmo diz - "foi uma grande luta e um longo tempo" - mas está imensamente honrada e feliz de representar o Brasil na abertura dos Jogos, ao lado de outros atletas incríveis.

Ao lado das suas companheiras e companheiros de toda a equipe, por toda a sua garra, determinação e solidariedade que demonstrou, desejo a ela e a equipe a vitória nos esportes, porque a vitória na VIDA, essa, ela ja conquistou!

Parabéns guerreira!!!

Obs.: Vou até estudar melhor esse esporte para poder torcer com mais conhecimento (risos)!

Vamos Brasil!!!

Espero que tenham gostado e até o próximo artigo! Bons jogos!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao #mulheres

Diversidade em Pauta: Arrependimentos

16 de julho de 2024

A palavra arrependimento é de origem grega (μετάνοια , metanoia) e significa conversão (tanto espiritual, bem como intelectual), mudança de direção, mudança da mente, de atitudes, de temperamentos, de caráter, geralmente conotando uma evolução.

No sentido bíblico, o arrependimento é uma mudança de coração e mente que nos aproxima de Deus. O arrependimento inclui afastar-se do pecado e voltar-se para Deus para obter o perdão. Ele é motivado pelo amor à Deus e pelo sincero desejo de obedecer aos seus mandamentos.

O judaísmo reconhece que todos pecam em ocasiões, mas que as pessoas podem impedir ou minimizar essas ocasiões no futuro, arrependendo-se das transgressões passadas. Assim, o propósito principal da teshuvá (arrependimento), no judaísmo, é a autotransformação ética.

Arrependimento, nas Escrituras, vem da palavra hebraica nachum (“entristecer-se”) e do termo shuwb, que quer dizer “voltar-se” e “mudar de rumo ou direção”.

Enfim, seja lá qual for a sua religião ou crença, o que podemos afirmar é que o arrependimento traz consigo sempre um misto de melancolia e tristeza, não é mesmo? A ação ou efeito de arrepender-se traz um remorço ou mágoa por termos feito algo ruim ou até mesmo, por termos deixado de fazer algo no passado.

Como seria nossa vida hoje se tivéssemos escolhido outra profissão, se não tivéssemos nos casado, se tivéssemos ido estudar fora, se tivéssemos tido mais filhos ou se não os tivessem tido? Nunca iremos saber!

E assim são os arrependimentos da meia-idade!

Em um artigo muito bom que li no LinkedIn, um estudo de Harvard destacava que a etapa da meia-idade (a partir dos 40 anos) é crucial para evitar arrependimentos futuros na vida profissional, sugerindo uma introspecção profunda em três áreas específicas: redefinição de objetivos, visualização do dia ideal no futuro, e reflexão sobre o legado a deixar.

Nessa fase, é comum que "profissionais com mais de 40 anos ponderem sobre suas escolhas passadas e futuras, equilibrando aspirações juvenis com a realidade palpável da maturidade".

Eu iria além, até porque estou vivendo isso... Com o aumento da longevidade, as pessoas estão redefinindo objetivos, refletindo sobre seu futuro e mudando rumos, aos 50 anos e até depois disso!

Redefinição de Objetivos:

É muito importante que, quando repensar seus novos objetivos, que tenha a inteligência emocional de não tomar decisões baseadas em pressões externas, mas, principalmente, baseadas nas suas experiências já vividas e seus ideais e valores próprios.

Heródoto, um historiador grego, escreveu a seguinte frase, que nos ajuda a redefinir os objetivos com maturidade:

"Pensar o passado para entender o presente e idealizar o futuro".

Visualizar o futuro:

É claro que o futuro é incerto e não temos poder algum sobre o dia de amanhã, mas para se redefinir objetivos é importante se imaginar neste novo futuro desejado. O exercício da imaginação é único e é seu, e tem um poder enorme sobre as decisões presentes.

Quando você se imagina no futuro você consegue definir suas ações no presente e priorizar aspectos da vida atual, necessários para o alcance da sua visão de felicidade e realização pessoal no futuro. Essa visualização do seu dia ideal no futuro traz mais clareza do caminho a seguir no presente, funcionando como um balizador nas suas decisões diárias.

"Se eu quero ser um professor no futuro, o que preciso fazer hoje para alcançar isso no futuro? Tenho que fazer um mestrado? Em qual instituição? Tenho que conhecer mais como é o dia a dia de um professor? Tenho que me especializar? Qual o salário que esta nova profissão pode me oferecer? Quem eu devo procurar para pedir orientação? Me vejo feliz nesta posição? Me vejo realizado?"

São perguntas importantes no exercício da imaginação, alinhadas com os propósitos futuros.

Existirão pessoas que se deixarão levar pelo destino e culparão o azar pela sua pouca sorte. Mas há outras, que se não se queixarão do destino e agarrarão toda e qualquer oportunidade, olharão para frente com esperança, não se intimidarão diante das dificuldades e tomarão as rédeas da sua vida, mudando aquilo que não lhes agradar.

O futuro tem muitos nomes. Para os fracos é o inatingível. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, a oportunidade.” Victor Hugo

Que legado eu vou deixar?

Legado está relacionado àquilo que é transmitido a outra pessoa. Muitas vezes, o atrelamos ao patrimônio material que um ente falecido deixa como herança a seus familiares. Entretanto, o legado deixado também pode ser feito dos ensinamentos, emoções e valores que essa pessoa transmitiu a todos com quem conviveu.

O que eu vou deixar para meus filhos, meus amigos, meus funcionários, meus tutorados?

Que conhecimentos eu adquiri e quanto eu repassei? Como beneficiei ou influenciei outras pessoas? Como eu cuidei de mim mesmo(a)? Serei lembrado(a) como alguém bom? E que marca positiva eu deixei para o mundo?

David Viscott, refletindo sobre a importância de conhecer e compartilhar os próprios dons, destacou que "O propósito da vida é descobrir o nosso dom. O trabalho da vida é desenvolvê-lo. O sentido da vida é doar esse dom".

A evolução humana é certa e todo pequeno progresso é um progresso. Evoluir, no entanto, é muito mais que apenas aprender com as experiências vividas, é aprender a não ter medo de escolher, de tentar e de errar, porque é assim que se ganha, justamente, a experiência.

Estude e aprenda constantemente e até o final da sua vida, faça trabalhos voluntários, planeje-se financeiramente, economize, adapte-se, aceite-se, perdoe-se, ame-se e ame o que você faz, tenha um estilo de vida mais saudável, cuide do seu corpo, mas não esqueça da sua mente, gaste melhor seu tempo, curta sua família, esteja sempre com os amigos e tenha tempo pra você mesmo.

Como Steve Jobs ressaltou em seu discurso em Stanford, "Seu trabalho vai preencher grande parte da sua vida, e a única maneira de estar verdadeiramente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é amar o que você faz".

Afaste-se das pessoas que só trazem negativismo, cultive laços com que realmente tenha significado, liberte-se de empregos nos quais você se sente menosprezado, de relacionamentos que amargam sua vida e fazem você infeliz. Feche a porta que o(a) retém no passado, porque só assim você poderá olhar para o futuro!

"A meia-idade, é o momento ideal para abraçar a autenticidade, despojando-se das máscaras sociais e vivendo de acordo com os próprios valores. Esta é a chave para uma vida genuinamente satisfatória, onde cada decisão reflete a verdadeira essência do indivíduo.

A meia-idade, longe de ser um período de crise, é uma janela de oportunidade para refletir, reajustar e redirecionar a vida para um futuro de realizações e satisfação. Adotar uma postura proativa frente aos desafios e oportunidades deste período pode transformar os anos vindouros em uma jornada de descoberta e felicidade. Que cada profissional possa olhar para o futuro com a confiança de que as escolhas feitas hoje serão as memórias apreciadas de amanhã". (artigo - Ex Colega)

E lembre-se: Arrependimento não muda o passado, mas traz novas oportunidades de sermos melhores no futuro.

Espero que tenham gostado! Até o próximo artigo. Abs,

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao #etarismo

Imagem de jannoon028 no Freepik - Para mim, as páginas amassadas simbolizam tentativas passadas frustradas que já ficaram para trás. E a oportunidade de escrever novas páginas no presente!

Diversidade em pauta: Vogue!

25 de junho de 2024

O mês de Junho é marcado por diversos acontecimentos do movimento LGBTQIAP+. O dia internacional do orgulho LGBT é comemorado no dia 28 de junho, porém, em São Paulo, onde todos os anos acontece a parada do orgulho LGBTQIAP+, ela aconteceu bem cedo, foi no dia 02 de junho e foi um sucesso, como todos os anos.

As diversas paradas são marcadas por serem, ao mesmo tempo, uma celebração das relações homoafetivas como uma reivindicação por direitos e cidadania por parte da comunidade.

O motivo de celebrar no mês de junho tem a ver com a Revolta de Stonewall em Nova York, em 1969, quando um grupo de homens homossexuais decidiram enfrentar a violência policial em um bar, que era o ponto de encontro deles, e onde eles sofriam muita discriminação.

Apesar de não fazer parte da comunidade LGBTQIAP+, sendo eu uma pessoa cis e hétero, sou uma aliada da diversidade e inclusão de todos os gêneros, orientações sexuais, raças e tudo mais que nos faz sermos diferentes e únicos!

E minha participação aqui como uma aliada é amplificar suas histórias e ajudá-los a combater o preconceito e a violência!

E foi por isso que me inspirei em trazer esse tema, que adorei pesquisar e conhecer mais!

  • Você conhece o que é Vogue?
  • Eu sei! Eu sei! É aquele sucesso da Madonna dos anos 90!!!

O Vogue ou Voguing é uma dança moderna, popularizada na década de 80 nos Estados Unidos, em festas chamadas Ballrooms, e que ganhou fama com a música e clip gravados pela diva Madonna no ano de 1990.

Aos 51 anos, o ator Reynaldo Gianecchini estreou a peça "Priscilla, Rainha do Deserto" este mês, aqui em São Paulo, fazendo o papel de uma das Drag Queens protagonistas da peça.

“Estou num desafio gigante, que me tira da zona de conforto: uma drag queen no musical. A arte drag é umas coisas mais legais, difíceis e complexas. É uma arte linda que eu quero exaltar. Elas são muito completas, têm humor, são engraçadas, mudam a cara, têm aqueles figurinos exuberantes, elas cantam, dançam, é um universo de um artista de uma grandeza gigante”, disse ele ao EXTRA.

Gianecchini entra "no salto", literalmente, dançando e dublando hits como "It's raining men" e "Vogue" da Madonna.

Em um dos seus ensaios (link abaixo), ele mostra alguns passos da dança Vogue e claro que, ele não dança como um dançarino profissional, mas é nítido o seu comprometimento com o papel, sua vontade de acertar, seu esforço em levar ao público alegria. Acho até que, para um homem que não sabe andar de salto (bem) alto, como nós mulheres, ele dançou muito melhor que muita mulher! Pelo menos, melhor que eu, com toda certeza!!

Vejam o ensaio de Gianecchini neste link:

https://gshow.globo.com/tudo-mais/tv-e-famosos/video/drag-queen-em-musical-reynaldo-gianecchini-mostra-bastidores-de-danca-vogue-e-arrasa-12655681.ghtml

Porém, como as pessoas gostam muito de criticar, óbvio que Gianecchini não ia escapar de receber críticas! E foram críticas bem duras! Mas, na minha opinião, ele é um artista fazendo um trabalho de interpretação e acho que ele conseguiu representar muito bem o papel de Drag Queen, apesar de não ser um bailarino ou dançarino profissional.

O tema "Vogue" acabou atraindo a minha atenção e fui pesquisar mais sobre essa dança, porque até então, eu conhecia apenas como a música da Madonna inspirada em poses de fotos da revista Vogue e passarelas.

Claro que, depois que assisti os vídeos das batalhas de Vogue (coloquei um vídeo para assistirem abaixo), realmente o Gianecchini ainda terá que treinar muito para chegar perto dos que, com maestria, sobem no palco e dançam Vogue, de forma inacreditável, nas batalhas Voguing!

"Estou fazendo muita aula de dança e canto, intensivo. Não é só dançar, é dançar num salto 15. Esse trabalho me anima muito. Tenho muito respeito pelo meu trabalho e quero sempre engrandecer os personagens que eu faço. Estou levando muito a sério", disse ele ao EXTRA.

Mais que festa ou dança, a cultura Ballroom nasceu como movimento político e artístico nos anos 1960 no Harlem, na periferia de Nova York. A comunidade LGBTQIAP+ negra e latina que vivia nessa região começou a se reunir em bailes próprios, as balls, com competições de beleza e de voguing, criando espaços acolhedores na noite nova iorquina para essas pessoas. A série Pose, disponível na Netflix mostra este momento.

Atualmente, existem três estilos distintos de vogue: Old Way (pré-1990), New Way (pós-1990) e Vogue Fem ou Femme (aproximadamente 1995).

Old Way é caracterizado pela formação de linhas, simetria, e precisão na execução de formas com ações fluidas e elegantes. Soldados, hieróglifos egípcios e poses de moda servem como inspirações para o Old Way Voguing. Na sua forma mais pura e histórica, o Old Way Vogue é um duelo entre dois rivais.

O New Way é caracterizado por movimentos rígidos juntamente com "clicks" (contorções dos membros nas articulações ), "arms control" (controle de braços), "hand ilusions" e "wrist illusions" (ilusões de mãos e punhos).

O Femme é a fluidez em sua forma mais extrema, com movimentos femininos exagerados influenciados pelo ballet, pelo jazz, pela dança moderna e principalmente pela corporalidade das travestis. Os estilos vão do Dramatics (que enfatiza acrobacias, truques e velocidade) para o Soft (que enfatiza um, bonito e gracioso fluxo de fáceis transições entre os cinco elementos).

No Vogue Femme há cinco elementos: "hands performance" (performance de mãos), "catwalk" (andar do gato), "duckwalk", (andar do pato), o "floor performance" (performance no chão), e os "dips" (mergulhos), embora algumas performances podem contar "spins" (giros) como um dos elementos, em batalhas de Voguing profissionais e performances, o bailarino é julgado baseado nos cinco elementos originais do Vogue - você poderá ver melhor os movimentos no vídeo que disponibilizo o link abaixo.

A "Hands Performance" refere-se aos e movimentos e ilusões criadas pelos braços, pulsos, mãos e dedos.

O "Catwalk" é o desfile um pouco mais vertical, imitando andar quase agachado de um gato, de uma forma fashion e linear com um toque de "sashaying" (um desfilar exuberante).

O "Duckwalk" refere-se ao movimento de andar agachado, chutando os pés, que exigem grande equilíbrio nas pontas dos pés.

O "Floor Performance" refere-se aos movimentos feitos no chão, usando principalmente as pernas, joelhos e costas.

Os "Dips" são executados pelo levantamento de uma perna enquanto dobrando a outra (geralmente se equilibrando na ponta do pé), em rápida sucessão, abaixa seu corpo ao chão com apoio mínimo para exibir sua força nas pernas.

"Importante destacar que a dança vogue é apenas parte das categorias que acontecem nas balls. Na década de 80 as categorias eram, em sua maioria, de caracterização e performance (muito semelhante à categoria Realness que acontece atualmente). Aquele que fosse mais convincente na vestimenta e performance, levaria o Grand Prize. Hoje, além da categoria Realness, temos mais frequentemente nas balls o Runway, categoria de desfile; o Face, que busca premiar o rosto mais perfeito e expressivo; o Best Dressed, que avalia a melhor caracterização e o Sex Siren, que premia a sensualidade dos participantes. Além disso, novas categorias surgem ano após ano, buscando acolher novos corpos, formas de expressão e contextos culturais. Lembrando que o ballroom é sobre isso: acolhimento, expressão e liberdade. Dar voz aos marginalizados para que falem, com a voz ou com seus corpos, o que a sociedade os inibe de falar" - explica a reportagem abaixo (para quem quiser saber mais):

https://houseofraabe.alboompro.com/post/46681-culturaballroom

Agora assistam e divirtam-se com esse vídeo que escolhi, dessa batalha de Voguing no estilo Femme! (obs: assistam a partir do minuto 2:40 até pelo menos o minuto 7:30! Eu fui até o final, porque realmente fiquei encantada com a dança, os figurinos, os movimentos super difíceis e a força dos bailarinos!)

Quem ficar com dor nos joelhos, nas costas e no pescoço, só de assistir, me conta no post!! :-))

Vídeo bárbaro de uma batalha Vogue Femme acontecida em 2019:

https://www.youtube.com/watch?v=2ydTfwnNScM&t=856s

Espero que gostem e viva a diversidade! Até o próximo artigo!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao #LGBTQIAP+

Diversidade em Pauta - Idosos e planos de saúde

11 de junho de 2024

Imagine que você tem 90 anos, está fazendo uns acompanhamentos médicos e exames de rotina, paga um plano de saúde há mais de 30 anos e que hoje o valor está em torno de R$ 4.000,00 e de repente, vai tentar marcar um médico e recebe a seguinte mensagem do sistema: "A Unimed Nacional reitera que o contrato encontra-se em fase de rescisão, tendo sua vigência encerrada em 09/05/2024."

Foi o que aconteceu com a aposentada Stella Tarantino em março deste ano, como foi divulgado por ela em entrevista à BBC News. E pasmem! Ela só descobriu que seu plano havia sido rescindido, quando foi fazer a busca de um novo especialista médico e recebeu esta mensagem dentro do Portal da operadora!

A filha de Stella decidiu expor o caso nas redes sociais e o caso acabou ganhando enorme repercussão. Inclusive, ela descobriu que muitas pessoas estavam na mesma situação, sofrendo cancelamentos injustificados: pessoas em meio a tratamentos de câncer, crianças autistas, entre outros idosos. Pessoas sendo "canceladas", excluídas, sem qualquer explicação.

No caso da Stella, no mesmo mês, a Qualicorp, empresa que administra os planos de saúde, chamou o ocorrido de um erro de comunicação: "O plano está ativo e disponível para utilização, tanto pela beneficiária, quanto pelos demais associados da entidade. A administradora de benefícios informa que enviou comunicação para a cliente para prestar o devido esclarecimento e disponibiliza seus canais oficiais para esclarecer mais informações e tirar dúvidas".

Outro caso parecido foi o de outra idosa, de 102 anos: Martha Zequetto. A Qualicorp a comunicou sobre a data da rescisão do seu plano, 32 dias antes do final.

No caso de Martha, ela paga a Unimed desde 2009 e sua mensalidade hoje é de R$ 9.300 por um plano coletivo por adesão. Ela estava em tratamento domiciliar e fazendo exames exploratórios para um possível câncer.

Por lei, é bem verdade que, o contrato coletivo pode ser rescindido de forma unilateral e injustificada, por vontade da operadora ou do cliente, com um prazo de 60 dias (o que já teria sido uma falha da operadora no caso da idosa), porém, a ANS destaca que “É lícita a rescisão unilateral, por parte da operadora, do contrato coletivo com beneficiários em tratamento, porém, se existir algum beneficiário ou dependente em internação, a operadora deverá arcar com todo o atendimento até a alta hospitalar. Da mesma maneira os procedimentos autorizados na vigência do contrato deverão ser cobertos pela operadora, uma vez que foram solicitadas quando o vínculo do beneficiário com o plano ainda estava ativo”.

No caso da Martha ela entrou com uma liminar na justiça e ganhou, permanecendo com o plano de saúde e seus tratamentos.

Para contratos individuais ou familiares é proibido por lei o cancelamento unilateral, a menos que haja inadimplência ou seja comprovada alguma fraude por parte do contratante.

E para contratos coletivos firmados com empresas, como explicado acima, não há nenhuma obrigatoriedade para a operadora do plano de saúde em manter o plano coletivo e se esta decidir cancelá-lo, ela pode, apenas com a restrição para beneficiários em tratamento até a alta. Outro ponto é que a operadora não pode excluir pessoas individualmente, somente excluir o contrato coletivo como um todo.

Nem vou entrar aqui na discussão de que a saúde do nosso país deveria ser pública e boa para todos, porque infelizmente essa não é a realidade do Brasil hoje e nunca foi. Pagamos impostos altos e não recebemos em contrapartida, uma boa educação, saúde de ponta e nem segurança pública. Se queremos algo melhor, temos que pagar do nosso próprio bolso: plano de saúde e escolas caras, carros blindados e até segurança privada. Sorte de quem pode pagar por isso! Mas, quantos não podem? A grande maioria!

Vocês sabiam que o brasileiro médio precisa trabalhar 149 dias por ano, conforme o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), somente para pagar impostos? Isso significa que, em dias corridos, que o brasileiro trabalhou até 28 de maio apenas para pagar seus impostos sobre consumo, patrimônio e renda, que soma a carga tributária de 40,71%.

Precisamos parar de "tietar" político e entender que eles trabalham para nós. O nosso dever é pagar os impostos, mas o dever público é ter projetos que façam bem ao povo, que o povo realmente veja resultado. Temos que ser mais inteligentes e unidos e cobrar.

Vejo o desespero da senhora que trabalha na minha casa, com um filho PCD que está com uma hérnia enorme e dolorida, precisando operar há meses, e não consegue que o posto o coloque como prioridade para realizar a cirurgia. Neste país, a pessoa precisa estar quase morrendo para conseguir atendimento. É um total absurdo!

E agora, no plano particular, que achávamos que estávamos mais protegidos, a situação de cancelamento cria um medo enorme entre idosos e pessoas com doenças graves e de longo tratamento ou deficiências.

Os últimos casos que subiram para a decisão da Justiça foram favoráveis aos pacientes e muitos tiveram uma conclusão rápida. Mas imaginem a dor de cabeça e a sensação de vulnerabilidade e incerteza de ter que entrar com uma liminar na justiça para conseguir manter seu plano? Imaginem os idosos que desconhecem seus direitos, que não conseguem sair de casa ou nem sabem entrar na justiça ou não tem um(a) filho(a) ou tutor(a) que faça isso por eles? É desumano!

Me vem a mente o meu pai que ficou sem fala e com a cognição completamente afetada na sua velhice, tendo que passar por isso no final da sua vida...

Apesar da solução rápida que deram para o caso da Stella e da Martha, isso mostra a fragilidade na segurança dos planos de saúde no Brasil. Precisamos cobrar:

  • Atualizações legislativas: Encontra-se em discussão um projeto de lei que visa a proibição do cancelamento unilateral de contratos coletivos, mas ainda não foi votado. Por outro lado, houve um acordo, no final de maio, entre Câmara e o Setor, de supressão dos cancelamentos unilaterais.
  • Importância da transparência: A resolução adequada dos problemas passa pela clareza das operadoras e supervisão efetiva das autoridades regulatórias.

Este cancelamento volumoso de contratos com beneficiários chamou a atenção dos parlamentares da Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência, presidida pela parlamentar Andrea Werner. A Amil foi chamada à Alesp para esclarecer os 30 mil cancelamentos feitos por eles, após diversas denúncias terem sido recebidas. A medida prejudicou os atendimentos de autistas, idosos e pessoas com doenças raras no âmbito do Estado.

"O acesso à Justiça no nosso país é extremamente dificultado, ou seja, quando um plano de saúde é cancelado dessa forma e o cidadão procura a Defensoria Pública, geralmente ele só consegue agendar uma consulta para meses depois do ideal. Isso revela um problema muito maior: a falta de investimento no SUS e nos órgãos da Defensoria. Nesse contexto, a ação da Amil se torna ainda mais impactante", disse a parlamentar.

"Não haverá mais cancelamentos desses tipos de plano. Para os que foram identificados como pacientes de risco ou em tratamentos contínuos, os processos de rescisão foram interrompidos e estamos em busca de reverter os enganos", concluiu o vice da corporação em resposta à Alesp.

“O setor se comprometeu a rever os cancelamentos dos serviços a pessoas em tratamento de doenças graves, do TEA (Transtorno do Espectro Autista) e demais transtornos. Também ficam suspensos novos cancelamentos unilaterais de planos coletivos por adesão”. Nota do presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde).

De tudo isso, a triste conclusão é que trata-se de um contra senso absurdo, não é mesmo?

A pessoa paga um plano de saúde caro enquanto está saudável, por anos, para que no momento que esteja doente ou mais debilitado, precisando de mais cuidados, possa usá-lo, e, deliberadamente, a operadora decide excluir o beneficiário doente ou idoso de forma injustificada! Ter que recorrer a justiça para conseguir fazer valer os direitos é muito triste.

Mas, como bons brasileiros, seguimos a vida com a esperança num país melhor e justo para todos! Vamos continuar fazendo a nossa parte!

Quero saber o que acham do tema, escrevam suas opiniões e até o próximo artigo!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao #etarismo

Leitura adicional sobre estudo do IBPT:

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/06/06/brasileiro-trabalhou-149-dias-so-para-pagar-impostos-em-2024.htm

Diversidade em Pauta - Pai rico, Pai pobre

28 de maio de 2024

Leitura boa tanto para jovens, pais e quaisquer pessoas que queiram entender um pouco mais sobre prosperidade financeira!

O livro de Robert Kiyosaki foi escrito em 1997 (Best Seller) e suas lições continuam atualizadas até hoje. Não quero um resumo do que ele fala no seu livro, mas trarei muitos dos seus conceitos para entenderem a sua perspectiva e os seus ensinamentos.

Quem inspirou Robert?

Robert se inspirou em dois homens, um pai rico e um pai pobre. Ele cresceu sob a influência destas duas figuras paternas: um era seu pai e o outro era o pai do seu amigo, que depois se tornou seu mentor financeiro.

Seu pai tinha PHD, era muito instruído e sempre se destacou no meio acadêmico. O outro não havia concluído o ensino médio. Ambos foram bem-sucedidos nas suas carreiras, porém um teve muita dificuldade financeira e o outro se tornou o homem mais rico do Havaí. Um deixou apenas contas a pagar de herança e outro deixou milhões de dólares para sua família.

O pai pobre: "Não posso comprar isto."

O pai rico: "O que eu posso fazer para comprar isto?"

Quando afirmamos que não podemos, o cérebro desiste de tentar e nem se esforça. O pai que exercitava a inteligência sobre o dinheiro foi o que ficou financeiramente mais forte.

Um lhe recomendava que ele estudasse muito para trabalhar numa grande empresa e o outro para que ele conseguisse comprar uma boa empresa.

Um afirmava que não era rico porque tinha filhos e o outro dizia que tinha que ser rico porque tinha filhos.

Um tinha emoções como medo e ambição. Sua rotina era acordar, trabalhar, ganhar dinheiro, pagar as contas e no dia seguinte fazer tudo de novo. Ele chamou este ciclo de Corrida de Ratos. Você ganha dinheiro, gasta com o deseja, cria mais sonhos, trabalha mais, ganha mais e gasta mais também e segue a vida assim.

A ambição com a emoção de realizar sempre algo a mais faz com que nos tornemos reféns dos gastos.

Você já teve a sensação de querer muito comprar algo e depois que compra a emoção passa rápido e fica só a preocupação em pagar a fatura do cartão?

"Se as pessoas entendem como o dinheiro funciona e como ele afeta toda a economia, elas não seriam mais reféns de suas emoções."

O que os pais ricos ensinam para seus filhos sobre dinheiro?

Para Robert, o entendimento e o controle do que é ativo e passivo, na visão de pessoas ricas, abrem as portas para a prosperidade. Não aprender sobre finanças desde cedo é a razão principal que leva as pessoas a enfrentarem dificuldades financeiras.

Para o autor, o conselho mais perigoso que se pode dar a um jovem nos dias de hoje é: “Vá para a escola, tire notas altas e depois procure um trabalho seguro.”

O fato é que agora as regras são outras e não existe mais emprego garantido ou seguro para ninguém. Há pessoas com diploma que estão em subempregos e há outras sem diploma assumindo o mais alto cargo em empresas. Hoje, os estudos precisam realmente fazer sentido para os jovens e eles, por outro lado, também precisam se dedicar mais e enxergar que o conhecimento só lhes trará benefícios. Conhecimento e experiência é algo pessoal que carregamos conosco. Perceber esta importância é o que fará com que eles deem valor aos estudos e mantenham o aprendizado contínuo por toda a sua vida.

Pai rico, Pai pobre demonstra que a questão não é ser empregado ou empregador, mas ter o controle do próprio destino. Para ele, a formação inicial proporcionada pela escola não prepara os jovens para o mundo que encontrarão depois de formados.

E como os pais podem ensinar aos filhos o que a escola relega?

A sociedade sofre mudanças radicais e, talvez, de proporções maiores do que as ocorridas em séculos passados. Não existe uma bola de cristal, mas algo é certo: a perspectiva global de transformações transcende a nossa realidade imediata. O mundo está em constante mudança e com a tecnologia, ainda mais rápido.

Então, aconteça o que acontecer, explica Robert, só existem duas alternativas: segurança ou independência financeira.

“A principal razão pela qual as pessoas têm problemas financeiros é que passaram anos na escola, mas não aprenderam nada sobre dinheiro. O resultado é que elas aprendem a trabalhar por dinheiro…, mas nunca a fazê-lo trabalhar para elas.” - Robert Kiyosaki.

Você organiza as suas finanças? Você sabia que quase metade dos brasileiros não tem controle sobre seu orçamento?

Os ativos produzem a nossa renda e a riqueza financia o luxo. Os passivos são as despesas, os gastos.

Até aí nada de novo... para quem conhece o básico de contabilidade, estes são os conceitos: Ativos são os conjuntos de bens, créditos e direitos que compõem o patrimônio de uma pessoa ou empresa e os Passivos são as dívidas e obrigações.

Porém, Robert Kiyosaki explica que tudo o que se valoriza, gera renda e tenha liquidez é ativo. Então, ações, fundos, royalties, títulos e imóveis que gerem renda (propriedades alugadas) fazem parte desta categoria, a dos ativos sólidos.

Um carro por exemplo, após sua aquisição, sofre a queda de valorização de até 25% sobre o valor do novo e uma perda contínua ao longo do tempo, fora os gastos com manutenção e seguro. Neste exemplo, se o valor fosse investido e o carro fosse usado como serviços seria muito mais vantajoso financeiramente. Para Robert, o veículo ou o imóvel para uso próprio são considerados passivos, pois produzem gastos, são bens de consumo, não geram renda e podem nem ter ou perder facilmente o valor de mercado.

Sobre valor de mercado, este é um tema muito interessante e cruel em muitos dos casos. Por exemplo, você compra um imóvel num bairro nobre e paga um alto valor, aplica ali o dinheiro que juntou a sua vida inteira. De repente, aquele bairro começa a ter uma invasão da bandidagem, um crescimento de roubos, invasões a casas e assaltos à mão armada nas ruas. O que acontece com o valor do seu imóvel se nada for feito para resolver o problema rapidamente? O valor do seu imóvel despencará!

Temos o exemplo do que aconteceu com o valor dos imóveis em bairros que eram nobres no litoral de São Paulo e não são mais. Não era esperado que esses bairros se tornassem perigosos, mas se tornaram, e o valor dos imóveis caiu e muito. Muitas pessoas perderam muito dinheiro com a desvalorização dos seus imóveis. E, o mesmo vai acontecer com o valor dos imóveis no Rio Grande do Sul, principalmente aqueles localizados perto dos rios e com risco eminente de novas enxurradas, por exemplo. O valor de mercado pode mudar de repente, sem que possamos interferir ou parar seu curso.

Robert explica que os ricos compram "ativos-geradores-de-renda" e que os pobres compram itens que pouco valem, que sofrem rapidamente a queda do seu valor, que não geram renda e que podem nem ter valor de mercado ou sofrer queda deste valor, sem que ele tenha qualquer controle sobre isso.

Para Robert, a riqueza é medida pelo número de dias que a renda dos seus 'ativos' pode sustentá-lo. E independência financeira é alcançada quando a renda mensal de seus ativos excede suas despesas mensais.

"É preciso fazer o dinheiro trabalhar para você ao invés de você trabalhar para o dinheiro."

O autor procura desmistificar a ideia de que para ser rico é preciso ganhar um salário muito alto. Ele acredita que ser rico está muito mais relacionado com o fato de ser organizado e ter uma educação financeira sólida – que você pode, inclusive, passar para os seus filhos.

Jovens hoje em dia tem celular, um cartão de crédito e uma mesada. Mas, os pais estão ensinando-os a cuidar desse montante que chega todo mês? Ou os jovens aprendem a gastar tudo que tem ali até o limite (isso se os pais deram limites) e esperar chegar o próximo mês? Será que os jovens encaram o cartão de crédito com responsabilidade ou acham que o dinheiro brota no cartão por obra divina?

O problema vai além e é mais grave, são poucos os pais que sabem cuidar do seu próprio dinheiro e passam esse mesmo ensinamento aos filhos. Os jovens crescem sem qualquer noção de independência financeira.

Outro ponto interessante de falar é que, para nós brasileiros, é parte da nossa cultura ter o nosso próprio patrimônio, o sonho da casa própria! Os dados mostram que os financiamentos imobiliários dispararam nos últimos anos.

“No nosso país, o financiamento imobiliário é uma questão cultural relacionada com herança patrimonialista. Há uma crença muito forte sobre a casa própria e um grande viés psicológico sobre ter um imóvel. As pessoas ainda são muito apegadas a isso”, comenta Thiago Godoy, da Xpeed School.

Apesar da relevância da casa própria para o brasileiro, não há consenso entre os especialistas em finanças sobre os benefícios de ter um imóvel ou alugá-lo. O que é certo é que o financiamento costuma ser mais caro que o aluguel para o mesmo imóvel, por conta dos juros cobrados nas parcelas e do valor de entrada que deve ser oferecido, mesmo que o financiamento seja em 30 anos. Por isso, o mais importante no financiamento é ficar atento ao valor anual dos juros e índices de reajustes anuais.

Outro exercício interessante é analisar quanto seria o valor pago no aluguel comparado com o mesmo valor investido. Se a rentabilidade obtida no investimento for maior que o aluguel pago durante o período, então é vantajoso.

Mas, eu sou da "old school" (risos) e ainda fico mais segura em ter a minha casa própria, mesmo sabendo que eu poderia ganhar mais investindo esse dinheiro. Mas aí, vai de cada um e do momento de cada um, desde que sejam analisados todos estes aspectos que o Robert menciona.

Lições tiradas do livro:

  • Conheça a diferença entre ativo e passivo e compre ativos que geram renda
  • Pense em como o dinheiro pode trabalhar para você
  • Tempo é dinheiro, construa sua riqueza desde cedo, se planeje e não tenha medo de falhar
  • Trabalhe sua habilidade de se comunicar
  • Estudo contínuo de finanças - as oportunidades estão na sua frente, você só não está enxergando-as
  • Não tenha medo de investir - mente aberta com relação aos seus investimentos na tomada de decisão dos riscos
  • Cuidado para não gastar com coisas supérfluas ou emocionais até que esses ativos tenham rendido o suficiente
  • Inspire-se em casos de sucesso e escolha mentores mais inteligentes e criativos que você
  • Preguiça e ganância não fazem você crescer

Para ser rico, precisamos comprar ativos já que eles nos garantem um fluxo de renda que podemos usar para ganhar mais ativos que produzem dinheiro, pagar as despesas de nossos filhos ou começar um novo negócio sem pegar empréstimos.

O medo de arriscar faz muitas pessoas continuarem em seus empregos, mesmo quando não gostam do que fazem. Tudo acaba em um ciclo: ser pago pelo trabalho, pagar contas e gastar tudo o que ganha.

Como o que consumimos nos dá alegria (ainda que temporária), só compramos mais coisas quando ganhamos mais. Aqui está o erro. O dinheiro comanda nossas vidas e controla nossas emoções.

Por isso, procure não pensar no curto prazo sempre. Encare suas fraquezas e necessidades, escolhendo o que é realmente essencial. O pai rico não se tornou rico só por trabalhar duro, mas porque buscou também oportunidades em todos os lugares.

Uma das melhores frases do livro Pai rico, Pai pobre diz assim:

“Os fracassos são parte do processo do sucesso. As pessoas que evitam os fracassos também evitam os sucessos”.

Portanto, nunca tema o fracasso, ele é necessário, mas não deixe de se reerguer todas as vezes que cair.

Outras frases do livro Pai rico, Pai pobre para você inspirar sua mudança financeira:

"A maioria das pessoas não percebe que na vida o que importa não é quanto dinheiro você ganha, mas quanto dinheiro você conserva."

"A inteligência resolve problemas e gera dinheiro. O dinheiro sem a inteligência financeira é dinheiro que desaparece depressa."

"A principal razão pela qual a maioria das pessoas não é rica é o seu pavor de perder. Os vencedores não têm medo de perder, os perdedores sim."

"Gosto deste emprego porque ele é seguro!" "O que estou perdendo aqui?"

O livro Pai rico, Pai pobre vale a pena para todos que estão começando a organizar suas finanças e para os que querem progredir. Sua contribuição para o desenvolvimento de uma mentalidade de prosperidade é imensurável.

Obrigada, se gostaram, curtam e compartilhem com outras pessoas! Outras pessoas podem estar precisando dessa orientação!

Até o próximo artigo!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao #jovens

Leitura adicional sobre o tema:

https://comoinvestir.thecap.com.br/pai-rico-pai-pobre-licoes-livro

Diversidade em Pauta - Maternidade e carreira

14 de maio de 2024

Há um pouco mais de 22 anos atrás nasceu meu primeiro filho, Thiago. Lembro-me da surpresa que fiz para o meu marido, Ariel, quando contei que íamos ser pais! Queríamos muito! Eu trouxe a impressão da foto do bebê feita em uma ultrassonografia... daquelas que pareciam um fax, sabe? Eu fui fazer um exame de rotina e acabei saindo de lá com essa notícia maravilhosa!

Foi uma gravidez muito tranquila, nada de enjoo e nem dores. Só tinha vontade de tomar água de coco e comer muito ovo... frito, mexido, quente, qualquer um servia, comia todos os dias!

Com 39 semanas, fui assistir meu marido jogar um campeonato de tênis e na volta, ainda no estacionamento, meu marido deu uma ré e enfiou o carro em um galho bem grosso de uma árvore milenar... O galho adentrou pelo vidro de trás do carro! Ele diz que a árvore é que entrou no carro e não ele que bateu nela! :-) Aham!

Bom, ali mesmo começaram as contrações e durante a madrugada, o Tico (apelido carinhoso) chegou!

Naquela época a licença maternidade praticada na IBM era somente de 4 meses (hoje, são 6 meses). Somei mais um mês de férias e voilá, com 5 meses, eu já voltava ao trabalho. Foi uma dor no coração imensa! Eu não gostava da ideia de ter babá e não tinha com quem deixá-lo, então, com 4 meses e meio comecei a adaptação na creche (no Rio de Janeiro é creche, em São Paulo escolinha). Bom, ele se adaptou melhor do que eu!

Como eu morava e trabalhava muito perto, eu ia, todos os dias na hora do almoço, até ele completar uns 9 meses, dar de mamar e brincar um pouquinho com ele. Uma empresa que respeita e permite que você faça isso é uma empresa de muito valor! Mas, não é somente a cultura da empresa que conta, seu gerente precisa ter empatia e praticar estes valores. E eu só tive gerente bom no Rio de Janeiro! Todos foram maravilhosos comigo, sempre que precisei. Por outro lado, procurava ser a melhor funcionária para eles. Afinal, é uma via de mão dupla, não é mesmo?

Lembro-me do dia que a Florinda, minha gerente na época que o Thiago nasceu, viu que eu estava exausta numa reunião, com muito sono, de verdade. Ela me chamou para saber se estava tudo bem. Expliquei que o Thiago estava acordando ainda todas as madrugadas para mamar e que, com o refluxo que ele tinha, demorava muito a voltar a dormir. Eu dormia praticamente 4 horas por noite e além do trabalho, ainda acumulavam vários afazeres em casa... eu estava realmente exausta.

Florinda:

-"Você gosta de cuidar da casa? Tem alguém que te ajuda em casa?"

Eu:

-"Tenho uma moça que vem uma vez por semana para arrumar a casa e passar a roupa, mas sobra muita coisa para mim."

Florinda então me disse:

-"A vida é feita de escolhas. Você não vai conseguir ser ótima mãe, ótima funcionária, ótima esposa e ainda ser ótima dona de casa. Os pratinhos vão começar a cair. Qual desses você aceita ser somente boa, qual desses você aceita mais ajuda?"

Foi então que conversamos, eu e meu marido, e decidimos nos apertar, mas aumentar em mais um dia a nossa secretária do lar. E foi perfeito. A roupa e a casa ficaram mais arrumadas e já foi um alívio para mim.

Três anos depois, quando engravidei do Arthur, eu estava no meio do processo da minha promoção à gerente de pessoas, minha primeira designação gerencial! Comuniquei à minha gerente a novidade e ela ficou muito feliz por mim! Dias depois fui anunciada gerente! Novamente, um exemplo de empresa e de líder que dão valor ao profissional! Agradeço demais à Fernanda por ter me dado esta oportunidade!

Quando eu já estava com 39 semanas, meu gerente, Drubi, me presenteia com um prêmio de liderança de pessoas, numa sala com todos os meus funcionários e vários outros gerentes! Adivinhem!? Dali mesmo fui para casa me arrumar para ir para a maternidade... as contrações vieram com tudo, tamanha emoção! Tuco (apelido carinhoso dele) chegou naquela madrugada!

Enfim, filho meu só nasce na emoção! Mas, aqui é Flamengo, estamos acostumados com emoção e com alegria! (risos)

Mas voltando ao tema, maternidade e carreira!

Quando temos filhos pequenos, alguns compromissos aparecem. Reuniões e apresentações na escolinha e toda hora levar à algum médico. Mas eu procurava administrar muito bem meu tempo no trabalho. Sempre me antecipava para deixar tudo bem adiantado e nunca falhar nos prazos. Se tivesse que trabalhar até mais tarde, eu e meu marido sempre nos ajudávamos. Afinal, parceria é isso!

Sempre gostei de aprender e inovar no que fazia, seja num relatório ou em um processo, pois, por mais repetitivo que seja, sempre há como fazer melhor. E na vida de mãe, não é diferente, são muitos erros, acertos e correções de rota, sempre tentando fazer o melhor.

Pensando na função de liderança em casa e na carreira, penso que, como líder de pessoas e mãe, eu podia perceber que, às vezes, tanto o que aprendia no trabalho podia ser usado em casa, como o que eu aplicava em casa podia ser usado no trabalho!

É sério! Não estou brincando!

Filho te ensina a negociar, o que pode e o que não pode. Filho testa sua paciência ao máximo. Com filho, principalmente do tipo "Arthur", você precisa dar todos os argumentos possíveis para explicar por que tal coisa não é permitida. Filho te ensina a ver simplicidade nas coisas. Você volta a ver desenho animado! Você reaprende a ser criativo, palhaço, brincalhão. Você passa a agradecer por tudo! Pela saúde, pelo trabalho, pelos amigos, pelas professoras, pelos amiguinhos, pelo dia de sol, até mesmo a Xuxa eu agradecia! Você também agradece muito, muito mesmo, quando eles dormem!! (risos) :-)

O funcionário, por outro lado, ele te ensina a perguntar, a ouvir com atenção. Funcionário te traz novas ideias, novas experiências, novos argumentos. Se você for um líder que se importa realmente com pessoas e que tem empatia, você se torna, muitas das vezes, um confidente. Você ajuda o próximo e isso te faz muito bem. Você aprende a pensar em soluções diferentes e rápidas, para resolver problemas. Você aprende a discutir com respeito. Você defende seus funcionários e briga por suas carreiras. Você vira vendedor de gente... você "vende" a avaliação, a promoção, o aumento, o prêmio! Você elogia e recebe elogios. Você passa mensagens mais duras, apesar de respeitosas, mas com desejo que o outro melhore, genuinamente. Você ganha amigos e aprende o sentido da palavra parceria.

Os filhos crescem e viram adultos e você percebe que todas as noites em claro valeram a pena. Que cada "bronca" que você deu, ajudou para fazê-los crescerem pessoas do bem e respeitosas. Que cada tempo dedicado às muitas leituras, aos filmes assistidos mais de uma vez, às brincadeiras na praia, na pracinha, no clube ou no "play" do prédio, valeram muito a pena. Que a amizade gerada entre filho e mãe, é o maior presente que podemos ter. Você ainda continua a agradecer muito quando eles chegam da rua e dormem, em casa!! (risos)

Os funcionários são “seus” por um tempo e depois seguem seus caminhos. Alguns você consegue ajudar mais, outros nem tanto, mas todos fizeram parte da sua história. Tenho muitos funcionários queridos e inesquecíveis (me passam vários rostinhos no pensamento, enquanto escrevo) que, até hoje, me mandam mensagens carinhosas. Muitos deles, se dizem gratos por eu ter sido a “chefe” deles, dando exemplos de coisas que fiz por eles e que os marcaram. E isso, é o melhor depoimento e presente que eu posso ter! Eu também tive os meus “chefes” queridos aos quais sou muito grata!

A história da Márcia funcionária e mãe é igual ou parecida à história de outras várias mulheres que admiro. Sempre com muita dedicação, muito jogo de cintura, muita negociação e com certeza muita habilidade, mulheres como nós, chegam aonde querem chegar!

E assim segui minha carreira, de gerência em gerência, de área para área. Aprendi o espanhol, expandi meu atendimento de US para América Latina e fui crescendo! Pouco a pouco! Mudei de estado, saí do Rio de Janeiro e vim pra São Paulo. Conheci mais um montão de gente interessante e fiz outras grandes amizades verdadeiras.

Segui mudando de áreas em São Paulo e sempre buscando novos aprendizados. Fui promovida mais uma vez. Tomei algumas "pancadas", normais no dia a dia em empresas, tive algumas decepções, mas nada que me derrubasse.

Durante os últimos dois anos na empresa, já era a Kyndryl e não mais a IBM, conheci a área de Diversidade e Inclusão e como Líder desta área, encontrei pessoas com a mesma paixão que eu, em pensar no coletivo e em incentivar uma cultura inclusiva. E não quero mais sair!

Mas, depois de 29 anos de uma carreira cheia de histórias, verdadeiros amigos conquistados e muita experiência adquirida, me aposentei e saí!

Os filhos crescidos, um se formando e o outro na faculdade, quase nem precisam mais de mim (e isso é bom... fiz meu papel, mantendo o meu colo aberto para recebê-los sempre que precisarem!).

E pensam que minha história acaba assim? Que nada!

Estou só recomeçando!

Com uma nova roupagem, mas com a mesma essência de sempre e uma bagagem de muitas experiências, aprendizados, habilidades conquistadas!...

...E a eterna gratidão por ter tido a oportunidade de ser uma ótima mãe e profissional!

Dedico meu texto a todas as mães maravilhosas que têm por aí, aos meus filhos, que se tornaram adultos maravilhosos, ao meu marido e parceiro Ariel e a todos os meus gerentes que ajudaram na minha carreira!

Abraços! E até o próximo artigo!!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao #mulheres