
Diversidade em Pauta: E o que dizer das nossas atletas?
E o Brasil termina em 20o. lugar nas Olimpíadas de Verão em Paris 2024!!!
Olimpíadas na antiguidade:
Os jogos receberam este nome, pois começaram na cidade grega de Olímpia, situada no sudoeste da Grécia. As competições aconteciam nos momentos de trégua, pois naquela época eram comuns conflitos entre as cidades-estado gregas. A situação de trégua era decretada dois meses antes dos jogos, que ocorriam também de quatro em quatro anos, só que sempre em uma mesma cidade, Olímpia.
O anúncio do evento era dado por mensageiros em diferentes regiões, para que as pessoas pudessem viajar para Olímpia em segurança, já que os conflitos estariam interrompidos durante a competição.
Mulheres, estrangeiros e escravos eram proibidos de participar dos jogos antigos. Nem mesmo assistir era permitido às mulheres. (Brasil Escola)
Criação do Comitê Olímpico Internacional (COI):
Escavações arqueológicas feitas em Olímpia entre os anos de 1875 e 1881 e o legado da Grécia inspiraram a criação do Comitê Olímpico Internacional (COI), em 1894. O pedagogo e esportista francês Barão Pierre de Coubertin, foi o responsável pela fundação do órgão que regulamenta a competição.
A primeira edição dos Jogos Olímpicos modernos foi realizada na cidade de Atenas, em 1896. Participaram 14 países e 241 atletas homens, pois as mulheres eram proibidas de competir.
Quando as mulheres começaram a participar em Olimpíadas?
A primeira participação de uma mulher nos Jogos Olímpicos foi em 1900. Um século depois, elas passaram a representar quase a metade do número total de participantes. As Olimpíadas de Londres 2012 marcaram um momento histórico ao ser a primeira edição em que todos os países tiveram pelo menos uma mulher entre seus atletas.
E o Brasil?
O Brasil participou de 25 edições dos Jogos Olímpicos de Verão, de 1920 a 2024.
A 6a. edição dos Jogos Olímpicos de Verão, a de Antuérpia 1920, foi a primeira com a presença do Brasil, porém, apenas com atletas homens.
Até as Olimpíadas de Montreal-1976, o número de atletas mulheres na delegação brasileira não chegava a dez. Em Moscou-1980, o Brasil levou 15 mulheres. Depois foram 22 mulheres em Los Angeles-1984 e 35 em Seul-1988. Em Tóquio-2020, foram 145 mulheres (45% do total da delegação). E em 2024, batemos o recorde de representatividade, com 55% da delegação sendo mulheres, do total de 277 atletas.
Maria Lenk (nadadora) foi a primeira mulher brasileira (primeira sul-americana) a participar das Olimpíadas, em Los Angeles, 1932.
As duplas Jackie Silva / Sandra Pires (ouro) e Adriana Samuel / Mônica Rodrigues (prata), foram as primeiras brasileiras medalhistas olímpicas, que protagonizaram a final do vôlei de praia feminino em Atlanta 1996, quando a modalidade ingressou no programa dos Jogos.
Em 2008, em Pequim, a paulista Maurren Maggi cravou 7,04m na final do salto em distância e superou, em apenas um centímetro, a russa Tatyana Lebedeva. Maurren conquistou o ouro e se tornou a primeira brasileira da história a conquistar a medalha dourada, não só no atletismo, mas também em provas individuais de qualquer modalidade nos Jogos.
Foi também em Pequim que uma das modalidades de maior popularidade no Brasil finalmente viu as mulheres conquistarem o ouro olímpico. Com uma campanha perfeita de oito vitórias, ressaltada pelas estatísticas de 24 sets vencidos e apenas um perdido, o Vôlei feminino do Brasil sagrou-se campeão ao derrotar os Estados Unidos na decisão por 3 a 1. A ponteira Paula Pequeno foi eleita a melhor jogadora de vôlei das Olimpíadas, e José Roberto Guimarães entrou para a história como o único treinador em todos os tempos a ter levado uma seleção masculina e uma feminina ao ouro olímpico.
Em 2012, em Londres, foi a vez de Sarah Menezes ganhar o ouro no Judô e mais uma vez o nosso time feminino de Vôlei se consagra!
Em 2016, nas olimpíadas do Rio, Rafaela Silva, a judoca foi ouro! Sua história é antes de mais nada de muita superação: ela superou a miséria, a discriminação, experimentou e superou a derrota e, principalmente, ela conseguiu vencer a si mesma.
Rebeca Andrade conquista um belíssimo ouro no salto e Ana Marcela conquista o ouro na maratona aquática, em 2020, nas olimpíadas de Tóquio.
Olimpíadas de Paris (2024) e nossas guerreiras:
Vivemos dias e momentos de muita emoção com nossas atletas... claro que os meninos tiveram todo o seu valor e torci muito por todos eles (Medina, Isaquias, Piu, Augusto Akio, entre outros), mas por tratar do tema de Diversidade e Inclusão nesta newsletter, quero destacar a participação de mulheres incríveis, afinal, os três ouros foram de mulheres!
Rafaela Silva volta ao tatame depois de ficar fora das Olimpíadas de Tóquio e apesar de não ter conseguido uma medalha na disputa individual, ela sai com o bronze por equipes! Torci muito por você, Rafa!
A mesa-tenista Bruna Alexandre fez história ao se tornar a primeira atleta paralímpica brasileira a disputar as Olimpíadas. Bruna é medalhista paralímpica e poderemos assisti-la novamente nas Paraolimpíadas que começarão dia 28 de agosto, em Paris.
Acompanhei também as mesa-tenistas Bruna e Giulia Takahashi em individuais e em dupla, pena que não saíram medalhistas, mas tem tudo para serem no futuro!
Beatriz Souza vence a medalha de ouro na categoria peso pesado no judô! A brasileira, novata em Olimpíadas, derrotou outras três medalhistas olímpicas e chegou no alto do pódio.
E o que falar de Rebeca Andrade? A ginasta brasileira é reconhecida como a atleta mais vitoriosa de nosso país na história das Olimpíadas. Ao todo, a ginasta conquistou ao todo seis medalhas em Olimpíadas, sendo 1 medalha de ouro (salto) e outra de prata (individual geral) em 2020, em Tóquio, e nas Olimpíadas de Paris recebeu mais 1 ouro (solo), 2 pratas (salto e individual geral) e 1 bronze por equipes. Fora a vencedora que ela já é, a menina é doce, simpática, determinada e muito companheira!
Rebeca e seus sete irmãos foram criados por sua mãe, Rosa, que trabalhou como faxineira para poder pagar pelo treinamento da filha. O irmão mais velho de Rebeca era encarregado de levá-la de casa aos treinos, percurso que demorava duas horas a pé, até conseguirem uma bicicleta. De acordo com a Rebeca, o apoio de sua família foi fundamental para chegar ao nível de elite do esporte. Além disso, a atleta passou por três cirurgias de reconstrução do ligamento cruzado do seu joelho direito. E para fazer os brasileiros se orgulharem ainda mais, ainda foi reverenciada por Simone Biles, vencedora de 30 medalhas em campeonatos mundiais, sendo 23 delas de ouro. É a ginasta mais condecorada na história dos Estados Unidos em mundiais.
Fora a Rebeca, a Flavia Saraiva, a Flavinha... que menina alto astral. Mesmo sofrendo um acidente no aquecimento e cortando seu supercílio, ela seguiu na disputa com toda a sua força e uma alegria sem tamanho!
No vôlei de praia, duas gigantes: Ana Patrícia e Duda! A disputa da semi-final com as australianas já foi dureza de assistir! O coração sofreu de tanta emoção..., mas elas seguiram para a final com as canadenses. E o que dizer da final?? Foi simplesmente maravilhoso ver a garra e a concentração das duas! Duda sofreu com todos os saques em cima dela e a responsabilidade de marcar de terceira. Ana Patrícia, companheira que não desiste nunca, manteve-se guerreira até o final! Foi incrível e muito merecido! Destaque para o DJ que tocou Imagine (Beatles) em um momento mais acalorado durante a disputa! Foi hilário!
E a nossa mais jovem medalhista? Rayssa Leal, nossa skatista mais simpática que existe! Nossa Fadinha, foi bronze! Ah, como eu torci por ela! Ela sempre sorrindo, ouvindo sua música e dançando, curtindo o momento!
No surfe, Tatiana Weston Webb termina com a prata, mas para mim ela foi ouro! (rsss) Maravilhosa!
As meninas do vôlei: Gabi, Rosamaria, Carol, Ana Cristina, Thaisa, Macris, Roberta, Diana, Julia e Nyeme e todas as outras, foram, como sempre, um grande destaque, mulheres que representam muitas brasileiras. Vocês foram determinadas, batalhadoras e companheiras! O sonho do ouro foi embora em um jogo extremamente disputado contra os Estados Unidos, mas a disputa continuou pelo bronze e elas não esmoreceram! Gabi, a melhor do mundo, mostrou o porquê merece esse título! Parabéns, meninas, vocês foram demais!
E quem estava acreditando que o time de futebol feminino iria para a final? O futebol masculino nem se classificou para ir para as olimpíadas desta vez, mas as nossas meninas foram e fizeram bonito! Destaque para nossa goleiraça, Lorena, na partida contra a Espanha. E na final, Ludmila fez um golaço, mas infelizmente estava impedida. As americanas ganharam, mas o Brasil foi muito bem representado! Para Marta, pode ter sido seu último jogo, por isso, fica o nosso reconhecimento por ter tido essa maravilhosa jogadora e líder do nosso time por tantos anos!
E ainda, outras mulheres foram destaque... Larissa Pimenta no judô (como ela chorou...) e Beatriz Ferreira no Boxe! As duas ficaram com o bronze!
E a Ana Sátila? A atleta virou até meme de tanto que entrou na água para competir! Foram 12 vezes em 10 dias! Criaram até um verbo com seu nome: satilar... "Esta semana satilei tanto! Estou exausta!"
Foi bom demais! Pena que acabou!
Bom, termino aqui a minha newsletter desta semana, feliz por homenagear estas mulheres atletas e guerreiras do nosso Brasil!
Compartilho este vídeo que vi no Instagram... Amei essa homenagem as nossas atletas! Assistam! E, abaixo fiz um quadro de todas as medalhas e participações do Brasil em Olimpíadas.
https://www.instagram.com/reel/C-YpI8EOCEX/?igsh=MWozaTY1OHY5c3Nhag==
E que venham as Paraolimpíadas!
Espero que tenham gostado e até a próxima edição! Abraços!
QUADRO DE MEDALHAS (Olimpíadas de Verão):

Observação: existem os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno. A competição de Inverno é disputada a cada quatro anos, no intervalo dos Jogos Olímpicos de Verão. Isso significa que a cada dois anos há uma edição de Jogos Olímpicos ocorrendo. A diferença é que, na edição de Inverno, são disputados apenas esportes que envolvem gelo ou neve.
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Veja mais sobre "Olimpíadas (Jogos Olímpicos)" em:
https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/olimpiadas.htm#