#pratodosverem: desenho de um coração e um cérebro se cumprimentando (equilíbrio)

Diversidade em Pauta: Inteligência emocional

27 de agosto de 2024

"Inteligência Emocional é mandar alguém a merda, de tal forma, que a pessoa fique entusiasmada com a viagem!" (autor desconhecido) Concordam ou discordam?

Bom, na verdade, não é bem isso...

Inteligência emocional não é deixar de sentir, mas sim aprender a lidar com os sentimentos de uma maneira positiva trazendo soluções possíveis para a sua vida e para as suas relações.

Alegria, nervosismo, surpresa, ira, calma, decepção... Gerenciar a cascata de emoções que vivemos diariamente não é fácil. Porém, a inteligência emocional aparece cada vez com mais força como via para alcançar a felicidade em qualquer aspecto das nossas vidas, incluído o profissional.

Você está disposto a aprender a ser feliz?

Daniel Goleman, autor de vários livros sobre o tema, explica os conceitos e os 5 pilares da Inteligência Emocional e a nossa busca constante pelo equilíbrio entre os sentimentos e emoções e a razão, tanto na vida pessoal quanto na profissional:

Conceitos:

A inteligência racional é aquela consciente, mais lenta, que avalia o que vê e sente e responde às situações que nos acontecem.

Já a inteligência emocional é mais rápida e portanto, responde sem fazer muita reflexão ou julgamento, ela só age.

Todas as pessoas têm um Coeficiente de Inteligência (QI) e um Coeficiente Emocional (QE). Ele diz que o QI alto é ótimo para arrumarmos um emprego, mas é o QE alto que serve para nos mantermos nele por mais tempo e para crescermos profissionalmente. Em pessoas bem-sucedidas, 20% das suas aptidões vêm do seu QI e 80% vem do seu QE.

Interessante, não?

E como está o seu Coeficiente Emocional?

Usar a razão para gerenciar as emoções é muito importante, mas é impossível ser racional todo o tempo, portanto, o ideal é sentir as emoções, mas saber o que fazer com elas quando elas aparecerem, esta é a chave para o sucesso.

Os 5 pilares da Inteligência Emocional:

1. Autoconsciência:

A capacidade de analisar as emoções e prever as reações, ter autoconhecimento.

Você é capaz de se entender, analisar suas próprias emoções e prever suas reações diante dos acontecimentos?

Saiba que, para você conseguir lidar bem com seus sentimentos, você precisa se conhecer muito bem, saber o que te afeta e saber como você reage diante dos momentos de adversidade.

Existem dois tipos de autoconsciência a serem percebidos e desenvolvidos:

  • autoconsciência interna: representa a forma como nos enxergamos, nossos valores, virtudes, princípios, paixões, desejos, aspirações, reações (incluindo pensamentos, sentimentos, comportamentos, pontos fortes e fracos) e o impacto que temos sobre os outros.
  • autoconsciência externa: representa a forma como as outras pessoas nos veem, em relação aos mesmos fatores da autoconsciência interna.

Complexo, não?

A interna associa-se a uma maior satisfação no trabalho, nas relações pessoais e sociais e na nossa adaptação ao ambiente e facilita o relacionamento com outras pessoas. E está negativamente relacionada com a ansiedade, o stress e a depressão.

Já a externa diz sobre como alguém lida com fatores externos, envolvendo a empatia, a paciência e a escuta ativa. As pessoas ficam mais habilitadas em mostrar empatia e a assumir as perspectivas dos outros, sobre nós mesmos.

Uma pessoa em cargo de liderança, por exemplo, precisa saber escutar o outro sob uma perspectiva diferente da sua.

Para isso é preciso atentar-se, prestar atenção aos sentimentos, entender suas reações em cada situação vivida (se sentiu medo, angústia, frustração, insegurança, raiva, felicidade, preocupação, irritação etc.) e identificar formas de compartilhar estes sentimentos sem conflitos. É aí que vem o 2o. pilar...

2. Autorregulação:

A capacidade de conseguir controlar os nossos sentimentos em momentos de pressão e equilibrá-los.

Segundo Daniel Goleman, a consciência das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo. E tão importante como reconhecer as emoções é saber gerenciá-las. Assim, ele traz dois conceitos, a autopercepção e a heteropercepção que precisam ser entendidos.

A autopercepção é o que entendemos e percebemos. Já a heteropercepção se refere ao modo como os outros enxergam a mesma situação.

Às vezes, através da autopercepção, achamos que nosso modo de agir é assertivo, mas, pessoas ao nosso redor podem interpretar nossas ações de outra forma, por exemplo, como de uma pessoa grosseira.

Por isso, neste pilar, também é importante conhecer o que os outros pensam ou como sentem as coisas, avaliar o entendimento do outro, pois só assim podemos ter mais controle na emissão de mensagens e evitar desentendimentos. E para avaliar como o outro enxerga, temos que entrar no 3o. pilar...

3. Empatia:

A capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, respeitando e acolhendo as suas emoções.

A empatia é a base de um comportamento colaborativo e amigável no trabalho. É entender o lugar que o outro ocupa, de maneira realmente sensível e aberta, desprovida de julgamentos.

Colocar-se no lugar do outro envolve muito mais do que validar e respeitar o sentimento do outro, é a capacidade de você sentir o que uma outra pessoa sente caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, ou seja: procurar experimentar de forma objetiva e racional o que o outro sente a fim de tentar compreender sentimentos e emoções.

Uma liderança baseada em empatia possibilita uma maior conexão com os colaboradores e o entendimento de sentimentos e pensamentos, tornando-se mais respeitosa e transparente.

Como somos seres sociáveis e dependemos de vários outros seres ao nosso redor e dividimos o mesmo espaço, precisamos trabalhar esta comunicação empática. Desta forma, seguimos para o 4o. pilar...

4. Habilidades sociais:

A capacidade de conseguir se relacionar bem com os outros. Nenhuma pessoa é sozinha, somos parte de um organismo maior, o organismo social.

E como construir bons relacionamentos?

É muito importante construir relações saudáveis e poder transitar entre os vários grupos sociais, tanto de amigos, família como de colegas de trabalho, compreendendo-os e se relacionando bem com eles. Isso traz relacionamentos respeitosos e garante um ambiente positivo ao nosso redor.

Saber gerenciar as emoções e ser capaz de se conectar com as pessoas de forma produtiva e harmônica é uma característica de quem tem bom nível de inteligência emocional.

Em ambiente corporativo, essa habilidade é considerada um dos soft skills mais fundamentais para o trabalho em equipe e é a base para a construção de uma carreira sólida.

E agora que vimos estes 4 pilares, como melhorar estas habilidades sem o 5o. pilar?

5. Automotivação

A capacidade de conseguir usar as emoções adequadamente e ser capaz de driblar obstáculos e manter-se focado em seus objetivos.

A automotivação envolve o autoconhecimento e autorresponsabilidade, tudo que vimos nos pilares anteriores. Ou seja: você precisa se conhecer para entender como se manter motivado e disciplinado e para isso, precisa se tornar protagonista da sua história.

O ser humano, com inteligência emocional, possui isso de forma intrínseca e não necessita de motivação externa para buscar seus objetivos.

Isso tudo não quer dizer que buscar a inteligência emocional seja uma anulação das emoções, muito pelo contrário, é ter entendimento e controle sobre elas, sentindo-as de modo mais lento, reflexivo e não automático.

É o trabalho de construção de novos comportamentos, pensamentos e hábitos. Para assim, poder usar a inteligência emocional totalmente a seu favor.

Bora praticar a nossa inteligência emocional?

Espero que tenham gostado e até o próximo artigo!

#diversidadeempauta #diversidadeeinclusao

Postado por Marcia Moreira Y Couto