
Diversidade em Pauta - Carnaval é diversidade!
O carnaval no Brasil é diverso em cada estado do país! No Rio de Janeiro e em São Paulo, os bloquinhos e os desfiles de escolas de samba animam os foliões. Já no Nordeste e mais especificamente na Bahia (Salvador), são os trios elétricos que comandam a grande festa. Em Florianópolis, não há um carnaval tradicional como nos estados acima, mas é bem animado com seus blocos de rua e alguns eventos. Pernambuco (Olinda) é famoso por seus bonecos gigantes e tem festas menos tumultuadas, para quem gosta da festa, mas não curte tanta aglomeração. Em Minas Gerais (Ouro Preto) há um clima estudantil muito forte, já que cada república promove o seu próprio roteiro de carnaval, com uma programação diferenciada para os turistas que compram antecipadamente os pacotes. Tem carnaval para todos os gostos, mesmo para aqueles que querem ficar em casa, sem fazer nada!
Em todas as festas, seja em qual lugar do país estivermos, a diversidade cultural é a base de tudo. O carnaval une pessoas de diversas idades, de diversas origens, de diversos gêneros, de várias religiões e de diversos gostos! Por mais que alguns não gostem da referência, pois a consideram como algo depreciativo, o carnaval é a maior festa popular brasileira!
Há uma concepção de que o ano no Brasil só começa depois do carnaval. Apesar de não concordar totalmente com essa caracterização, que nós brasileiros fazemos de forma generalista e depreciativa do nosso próprio povo, esta é a imagem e o sentimento que impomos ao meio. É claro que é uma época que pessoas tiram mais férias, até mesmo por conta dos filhos que também estão em casa neste período, mas não lembro de ter tido "janeiros" ou "fevereiros" descansando, sem fazer nada, só porque não tinha passado ainda o carnaval. O comércio às vezes diminui o ritmo com férias coletivas, por conta de um dezembro mais puxado, mas não fecha suas portas. A senhora que trabalha aqui em casa não deixou de vir aqui em casa para exercer suas atividades, os restaurantes não param, o turismo aumenta e a economia continua girando. O Brasil do agronegócio, por exemplo, não tem folga. Todos continuam nas suas plantações, aproveitando as chuvas do período e produzindo alimentos, que não só atendem ao país como são responsáveis pelo resultado do PIB no Brasil, com suas exportações.
Enfim, o progresso de um país é influenciado por uma infinidade de fatores, incluindo políticas governamentais consistentes, uma economia estável e atraente, investimentos em educação e em infraestrutura, entre outros. A meu ver, o carnaval não é um fator determinante para o progresso do país, já que o progresso é algo contínuo e não pontual, não estando limitado ou preso à um evento ou festa.
Por outro lado, é correto dizer que a festa carnavalesca é a mais democrática e inclusiva no Brasil. Em São Paulo, este ano, vimos muitas mulheres podendo se divertir num espaço mais acolhedor. Mais famílias participaram com suas crianças. E a comunidade LGBT+ pôde sentir uma "guarda mais baixa mesmo dos mais extremistas", lembra Nathalia Takenobu, produtora e DJ do bloco Agrada Gregos, o maior bloco LGBTQIAP+ do Brasil que desfila pelas ruas do carnaval paulistano.
“É um dos poucos espaços democráticos que a gente consegue ver a diversidade. É um espaço de acolhimento e de sociabilidade. É um dos poucos momentos, num país tão tenso, relacionado a classe, raça e gênero que essas questões vão se apaziguando e se torna um espaço de acolhimento e que, torna de fato, nossa sociedade muito mais plural, mais acolhedora e igualitária”, como reforça o sociólogo, escritor e sambista, Tadeu Kaçula.
E somando-se à todos estes pontos, nossas letras de sambas exaltam a força, a luta e as conquistas do povo negro e de mulheres guerreiras, através dos tempos. Muitas delas refletem questões sociais e políticas do Brasil e relembram datas históricas importantes do nosso país, que esquecemos sempre de valorizar.
Neste artigo, gostaria de deixar a importância de aceitarmos os gostos diferentes, as culturas diferentes, os gêneros diferentes. Fica o exemplo a ser seguido de termos mais tolerância uns com os outros, "baixarmos a nossa guarda", não sermos tão extremistas em tantas coisas. E fica também um apelo em valorizarmos mais a cultura do nosso país e o que temos de bom: o nosso povo. O país não é feito somente de bandidos, de pessoas preguiçosas e encostadas, de políticos que se aproveitam da ignorância e necessidade de muitos para mentir e enganar o povo com suas promessas fingidas. Não! O nosso país tem muito mais gente boa que má.
Precisamos falar mais sobre o que temos de bom e vibrarmos juntos numa sintonia mais positiva.
Até o próximo artigo e espero que tenham curtido!
#diversidadeempauta #diversidadeeinclusão
Bibliografia:
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/carnaval-a-festa-da-diversidade/